Vale (VALE3) diz que não foi notificada sobre ação de bilionária de violência de gênero

A Vale (VALE3) informou na noite da segunda (24), que não foi notificada pelo poder judiciário a respeito da ação judicial movida pelos Ministérios Públicos Federal e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo contra a empresa, BHP e Samarco com pedido de indenização de R$ 3,6 bilhões por danos morais coletivos.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2022/04/vale3-materia-desktop.jpg

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Vale diz que irá apresentar seus argumentos ao juízo competente em momento oportuno.

A Vale reitera que o processo de reparação de danos decorrentes da barragem de Fundão, em 2015, é conduzido pela Fundação Renova em linha com os compromissos firmados pelas companhias junto às autoridades brasileiras.

“Com Samarco, BHP, instituições de justiça e representantes do poder público, a companhia segue comprometida com as negociações por um acordo de caráter definitivo, que garanta reparação justa e integral às pessoas afetadas e ao meio ambiente”, afirma a mineradora.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop.jpg

Entenda o pedido de indenização que envolve a Vale

A acusação se dá no âmbito do processo de reparação e compensação pelo rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, no ano de 2015.

Além disso, em ação civil pública datada da última sexta-feira (21), os órgãos pedem indenização de R$ 135 mil reais para cada mulher atingida pelo desastre, em meio a uma alegada violação sistemática dos direitos humanos.

De acordo com o documento, desde o início das atividades de cadastramento das vítimas do desastre de Mariana, ocorreram violações dos direitos das mulheres, em razão da adoção de metodologias inadequadas e da invisibilização da força de trabalho e renda das cidadãs atingidas em todos os territórios.

Os órgãos alegam também que foi recusada a adoção de medidas efetivas para solucionar as contínuas denúncias e elementos técnicos que identificaram violações e obstaculização do acesso a direitos.

O documento diz ainda que a base da violação de direitos foi a utilização do conceito “família patriarcal” como única espécie de família.

“O cadastro (das vítimas), desde o seu início, teve a centralidade do homem como chefe de família, optando por uma metodologia que, em regra, o colocava como membro gerador de renda e estabelecia que os demais componentes do núcleo familiar seriam apenas dependentes”, afirmaram os órgãos na ação.

A ação ocorre no momento em que Vale, BHP e Samarco negociam com governos e autoridades do Ministério Público um acordo global sobre o desastre. Neste mês, foi feita uma oferta de R$ 140 bilhões de reais, valor que ainda ficou abaixo do demandado pelo poder público.

Com Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Eduardo Vargas

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno