Dólar hesita, mas sobe com liquidez fraca por feriado nos EUA e cautela pré-copom

À espera do desfecho da reunião do Copom no início da noite e após ganhos de 0,91% na semana e de 3,49% no mês, o dólar começou esta quarta-feira (19) em baixa no mercado à vista, com uma realização de lucros. Porém, logo depois, já voltava a subir, dando apoio aos juros futuros.

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Os ajustes no dólar hoje são estreitos em dia de liquidez reduzida pelo feriado americano nesta quarta-feira. Mais do que a manutenção ou redução da taxa Selic, atualmente em 10,50% ao ano, o mercado aguarda com grande expectativa o placar da votação, esperando que aponte unanimidade entre os diretores do BC, após forte ruído em maio com o racha no colegiado.

Embora o quadro fiscal venha dominando as preocupações dos investidores, contribuindo para o aumento dos prêmios de risco, analistas afirmam que um placar homogêneo tem potencial para reduzir a volatilidade das taxas. Na terça, houve cautela com o discurso crítico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao atual presidente do BC, acenando com um perfil “maduro” que deseja para o próximo mandatário da instituição.

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Ainda na agenda política, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve receber os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), para um almoço nesta quarta-feira.

Os dois principais pontos em discussão são a busca por uma compensação para a desoneração dos 17 setores e das prefeituras e a proposta de renegociação de dívidas dos Estados. Na semana passada, a Casa Alta do Congresso chegou a apresentar uma lista de medidas que poderiam servir a esse propósito (entre elas, a repatriação de recursos mantidos no exterior, o uso de depósitos judiciais esquecidos e um “refis” de multas de agências reguladoras). O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, porém, indicou que cálculos preliminares da Fazenda indicam que essas sugestões não são suficientes para alcançar os cerca de R$ 17 bilhões necessários para cobrir a renúncia fiscal da desoneração.

Às 9h34, o dólar à vista subia 0,26%, a R$ 5,4486. O dólar para julho ganhava 0,07%, a R$ 5,4520.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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