Bolsas asiáticas fecham em baixa e Europa opera mista; veja detalhes
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira (17), enquanto investidores avaliaram uma série de dados econômicos chineses relevantes.
Na China continental, o índice Xangai caiu 0,55%, a 3.015,89 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto ficou praticamente estável, com alta marginal de 0,05%, a 1.690,43.
Na comparação anual de maio, a produção industrial chinesa subiu 5,6% e as vendas no varejo avançaram 3,7%, menos do que o esperado em ambos os casos. Já as vendas de imóveis na segunda maior economia do mundo continuam fracas, apesar de uma série de recentes medidas para incentivar o setor: entre janeiro e maio, houve queda de 30,5%.
Além disso, o PBoC – como é conhecido o BC chinês – decidiu deixar a taxa de juro de sua linha de empréstimo de médio prazo inalterada em 2,5%.
Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei sofreu expressiva baixa de 1,83% em Tóquio, a 38.102,44 pontos, pressionado por ações e incorporadoras, em meio a incertezas sobre a perspectiva da política do Banco do Japão (BoJ), enquanto o Hang Seng teve ligeira perda de 0,03% em Hong Kong, a 17.936,12 pontos, o sul-coreano Kospi recuou 0,52% em Seul, a 2.744,10 pontos, e o Taiex registrou leve perda de 0,04%, a 22.496,53 pontos, depois de atingir sucessivas máximas históricas na semana passada.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho hoje, sob o peso de ações ligadas a commodities. O S&P/ASX 200 caiu 0,31% em Sydney, a 7.700,30 pontos.
Bolsas da Europa perdem ímpeto e ficam mistas
As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta segunda-feira, à medida que as incertezas políticas na França aparentemente seguem pesando nos negócios.
Às 6h47 (de Brasília), o índice acionário francês PCAC 40 subia 0,17% em Paris, depois de sofrer um tombo de mais de 6% na semana passada, o maior em mais de dois anos, em meio a temores de que a extrema-direita da França vença as eleições legislativas que o presidente Emmanuel Macron inesperadamente decidiu antecipar.
De modo geral, porém, os mercados europeus perderam ímpeto nas últimas horas, depois de ensaiarem uma recuperação mais firme no começo do pregão.
Nesta semana, o destaque da agenda europeia é a decisão de juros do Banco da Inglaterra (BoE), na quinta-feira (20).
A política monetária da zona do euro também segue no radar, em meio a dúvidas de quando o Banco Central Europeu (BCE) poderá voltar a cortar juros, após implementar uma redução inicial das taxas, no último dia 6. Mais cedo, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, disse que a instituição está confiante de que a inflação do bloco cairá de volta para a meta oficial de 2% no próximo ano, apesar de “ruídos” ao longo do caminho.
Já nos EUA, os dados mais recentes impulsionaram as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) comece a reduzir juros em setembro. Na semana passada, o Fed deixou suas taxas principais inalteradas pela sétima vez consecutiva.
Também no horário acima, a Bolsa de Londres caía 0,04%, enquanto a de Frankfurt avançava 0,25%, a de Milão ganhava 0,45% e as de Madri e Lisboa tinham baixas de 0,32% e 0,34%, respectivamente.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo