Taesa (TAEE11): JPMorgan recomenda venda ‘apesar dos dividendos’

Em novo relatório sobre o setor de utilities, analistas do JPMorgan reiteraram sua visão pessimista para a Taesa (TAEE11).

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Os especialistas da casa destacaram que apesar de os dividendos da Taesa ficarem acima da média do setor, o valuation incomoda e a companhia, com isso, tem os menores retornos projetados.

Nesse sentido a recomendação para as ações da Taesa é de venda, com preço-alvo de R$ 31. Atualmente as ações TAEE11 negociam a cerca de R$ 33.

“A Taesa, administrada de forma privada, é uma das ações mais defensivas e com menor beta dentro da nossa cobertura. Porém essas qualidades são justamente valorizadas pelo mercado”, diz o JPMorgan ao citar o valuation relativamente elevado da transmissora.

No relatório em questão, os especialistas cotaram os preços-alvo de companhias de utilites de um modo geral, contemplando o setor elétrico. A tese é de que, com a Selic mais alta por mais tempo, as companhias do segmento devem ter uma cenário mais desafiador.

A expectativa da casa é de que a Taxa Selic terminal de 2024 fique em 10,5%, e nesse contexto os preços-alvo de companhias elétricas sofreram corte de 2%, na média.

A preferência da casa é a Energisa (ENGI11), cuja recomendação é de compra com preço-alvo de R$ 61 – enquanto os papéis negociam a cerca de R$ 46 em bolsa atualmente.

A tese do JPMorgan é de que a companhia negocia com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) atrativa, de 12,8%. A média do setor fica em torno de 12%.

Além disso, os especialistas chamam atenção para o fato de que os papéis da companhia tiveram uma performance abaixo do seu índice de referência – o IEE – no acumulado do ano de 2024.

Isso por conta da maior sensibilidade à taxa de juros, além do atraso na resolução da saga de renovação da concessão e a oferta primária de R$ 2,5 bilhões em janeiro.

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Outro fator que contribuiu para isso foi a aquisição de uma participação societária em distribuidoras de gás estaduais.

Apesar disso, os analistas do banco acrescenta que o setor que considera menos atrativo é o de transmissão.

Veja recomendações do JPMorgan após revisão:

  • Copel (CPLE6): Compra, preço-alvo de R$ 12
  • AES Brasil (AESB3): Venda, preço-alvo de R$ 11,60
  • Alupar (ALUP11): Neutra, preço-alvo de R$ 30
  • Auren Energia (AURE3): Compra, preço-alvo de R$ 15,50
  • Cemig (CMIG4): Compra, preço-alvo de R$ 12
  • Copasa (CSMG3): Neutra, preço-alvo de R$ 20
  • Engie (EGIE3): Venda, preço-alvo de R$ 43,50
  • Equatorial (EQTL3): Neutra, preço-alvo R$ 35
  • ISA Cteep (TRPL4): Venda, preço-alvo de R$ 25
  • Neoenergia (NEOE3): Compra, preço-alvo de R$ 26
  • Sanepar (SAPR4): Neutra, preço-alvo de R$ 30,50
  • Serena (SRNA3): Compra, preço-alvo de R$ 13
  • Taesa (TAEE11): Venda, preço-alvo de R$ 31.

Cotação das ações da Taesa

As ações da Taesa sobem 0,05% no intradia desta segunda (10) por volta das 15h. Os papéis somam uma desvalorização de 11,6% no acumulado de 2024, contudo.

Cotação TAEE11

Gráfico gerado em: 10/06/2024
1 Ano

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Eduardo Vargas

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