Dólar alcança novas altas após payroll de maio acima das expectativas

O dólar começou o dia em queda e reverteu para o verde, após o resultado do relatório de emprego, o payroll, dos Estados Unidos em maio.

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O payroll tem impacto na cotação do dólar por ser um indicador considerado essencial para a calibragem das apostas para a política monetária americana.

Por volta das 10h37 (de Brasília), o câmbio do dólar recuperava a conversão a R$ 5,2839, com alta de 0,48%.

Payroll vem acima do esperado

A economia dos Estados Unidos criou 272 mil empregos em maio, em termos líquidos, segundo relatório do Departamento do Trabalho do país.

O resultado do payroll de maio ficou acima do topo das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 120 mil a 220 mil postos de trabalho, com mediana de 185 mil.

O relatório, conhecido como payroll, mostrou também que a taxa de desemprego dos EUA aumentou para 4% em maio, ante 3,9% em abril. A previsão era de que a taxa permaneceria em 3,9% no mês passado.

O Departamento do Trabalho revisou levemente para baixo o número de criação de empregos de abril, de 175 mil para 165 mil, assim como o de março, de 315 mil para 310 mil.

Em maio, o salário médio por hora teve alta de 0,40% em relação a abril, ou US$ 0,14, a US$ 34,91, variação que ficou acima da projeção do mercado, de 0,30%. Na comparação anual, houve ganho salarial de 4,08% no último mês, superior à previsão de 3,9%.

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Economia: Mundo e cotação do dólar

O petróleo subia cerca de 0,6% mais cedo e o minério de ferro avançou 0,72% em Dalian, na China, dando fôlego ainda à recuperação externa frente ao dólar de outros pares do real, como peso mexicano, rupia indiana e rand sul africano.

No radar estão ainda os dados divergentes da balança comercial chinesa. As exportações de Pequim vieram acima do esperado em maio, com um salto anual de 7,6%, mas as importações ficaram aquém do previsto, com aumento de 1,8%.

Na Europa, há decepção com a produção industrial da Alemanha, que caiu 0,1% em abril ante março, contrariando projeções de alta de 0,3%, o que pressiona as bolsas na região. Contudo, a leitura final do PIB da zona do euro apontou crescimento de 0,3% no primeiro trimestre, confirmando duas estimativas preliminares anteriores e em linha com as previsões.

O euro e a libra sobem levemente frente o dólar, após corte de juros pelo BCE de 25 pontos-base ontem pela primeira vez desde 2019. Na Rússia, o banco central manteve a taxa básica de juros em 16% ao ano.

As atenções nos mercados ficam ainda em palestras do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e nos diretores de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Paulo Picchetti, e de Política Monetária, Gabriel Galípolo.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,87% em maio, após uma elevação de 0,72% em abril, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV) mais cedo. O resultado do indicador ficou acima do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma alta entre 0,58% e 0,81%, com mediana positiva de 0,69%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. Ainda, o IGP-DI passa a acumular alta de 0,61% no ano e de 0,88% em 12 meses.

Às 9h17 desta sexta, o dólar à vista caía 0,07%, a R$ 5,2469, minutos antes da divulgação do payroll. O dólar para julho cedia 0,22%, a R$ 5,2585.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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