Reviravolta do varejo: Renner (LREN3) sobe com recomendação do Citi; Magazine Luiza (MGLU3) acelera e fecha em alta
Em uma reviravolta da semana, as varejistas tornaram a subir na bolsa de valores nesta quinta-feira (6). As ações da Magazine Luiza (MGLU3) registraram uma alta de +3,12% e as da Lojas Renner (LREN3) avançaram 3,80%, no fechamento do Ibovespa. O Citi elevou a recomendação da Renner, o que contribuiu para a alta dos papéis da companhia.
A recuperação é um alívio para o setor de varejo, após uma terça-feira (4) de quedas acentuadas. O mercado reflete a aprovação da quarta-feira da taxação de compras internacionais de até US$ 50.
Outras companhias que também avançavam hoje ou rondavam a estabilidade:
- Casas Bahia (BHIA3): +6,54%
- Petz (PETZ3): +3,67%
- Lojas Renner (LREN3): +3,80%
- C&A (CEAB3): +1,96%
- Arezzo (ARZZ3): +0,35%
- Marisa (AMAR3): +5,95%
- Guararapes (GUAR3): +3,33%
O Ibovespa fechou em alta de 1,23%, aos 122.808 mil pontos, após seis dias consecutivos de quedas, o dólar recua e os juros futuros estão em queda.
Comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também ajudaram a manter o Ibovespa no azul. O discurso reforçou que a instituição está atenta às expectativas de inflação e monitorando os efeitos das enchentes do Rio Grande do Sul sobre os preços e o desempenho da economia.
A decisão do Banco Central Europeu de reduzir os juros da zona do euro em 0,25 ponto porcentual, amplamente esperada pelo mercado, é outro fator positivo, porém mais difuso, para a Bolsa brasileira.
Segundo Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, juros menores em economias desenvolvidas podem aumentar o fluxo de capital direcionado a países emergentes.
Citi: “Compra” para Lojas Renner (LREN3), com preço-alvo menor
As ações da Lojas Renner (LREN3) já alcançam alta de mais de 3% nesta quinta-feira (6), após o Citibank elevar sua recomendação de neutra para compra.
Apesar da redução do preço-alvo de LREN3 de R$ 18,40 para R$ 18,00, o banco acredita em uma recuperação significativa, com potencial de valorização de 39,6%.
Os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo reconhecem os desafios do segundo trimestre de 2024, como as enchentes no Rio Grande do Sul afetando a inflação e o clima desfavorável. Contudo, esperam que a recuperação da Lojas Renner seja impulsionada por uma melhora no ciclo de crédito brasileiro e a retomada da concessão de crédito pela Realize, a financeira da empresa.
Além disso, a recente taxação de 20% sobre compras internacionais até US$ 50, aprovada no Senado, deve beneficiar o setor varejista nacional, nivelando a competitividade com as marcas internacionais.
“Após incorporar os resultados do primeiro trimestre e ajustar nossas suposições para refletir este curto prazo desafiador, vemos a ação negociada a 10 vezes o Preço por Lucro de 2025 – um nível atraente”, dizem os analistas do Citi, ponderando que as ações da Lojas Renner deveriam ser negociadas pelo menos a 13 vezes o Lucro por Ação de 2025.