Fiagros: veja 4 razões pra você começar a investir, segundo analistas

O agronegócio cresceu nos últimos anos, alcançando quase 25% de representação no Produto Interno Bruto (PIB) Brasileiro. Com tamanha importância no PIB e na geração de recursos para o país, investir em agronegócio por meio dos Fiagros é uma grande oportunidade. 

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“Historicamente, o Brasil é um grande produtor de commodities, o que traz ainda maior relevância ao setor primário da economia”, explica Amanda Coura, diretora na Suno Asset. 

Diante do cenário de alta demanda global por alimentos e commodities, o setor dos Fiagros apresenta um histórico de crescimento robusto e oportunidades atrativas, como diversificação, dividendos e performances de ativos acima do CDI. 

De forma complementar, investir em agronegócio tem um impacto positivo na economia local e na sociedade, promovendo o desenvolvimento rural e a segurança alimentar.

Fiagros: veja a seguir 4 razões para você investir 

1) Dividendos mensais isentos de IR

Similar aos Fundos Imobiliários (FIIs), a maioria dos Fiagros distribuem mensalmente dividendos. “Esses rendimentos vêm dos juros gerados pelos ativos de crédito, como os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), ou das receitas geradas pelo aluguel ou venda de imóveis rurais que compõem a carteira do fundo”, explica Coura. 

Como atrativo, os rendimentos distribuídos pelos Fiagros são isentos de imposto de renda. Para investidores que optam por reinvestir seus dividendos mensais, o poder dos juros compostos aumenta significativamente a atratividade dos proventos. 

“Essa estratégia de reinvestimento pode potencializar o crescimento do capital ao longo do tempo, tornando-os uma opção interessante para aqueles que buscam construir patrimônio de forma consistente no longo prazo“, diz Coura. 

2) Retorno acima do CDI e Inflação

Além dos rendimentos mensais, o Fiagros também vêm apresentando retornos superiores ao CDI e à Inflação. Em 2023, os principais fundos do mercado entregaram rendimentos anuais variando entre 12% a 20% ao ano, superando significativamente seus benchmarks. 

“Essa capacidade de gerar retornos substanciais faz dos Fiagros uma escolha atraente para investidores que buscam diversificação e rentabilidade acima da média em seus portfólios”, comenta Coura. 

Por exemplo, o SNAG11, Fiagro da Suno Asset, vem superando o índice IPCA + 7% (com uma margem de 3,35%) e o IPCA + IMA-B (com uma margem de 4,90%), mantendo-se 3,11% acima do IFIX.

3) Diversificação de carteira

Os fundos do tipo Fiagro também se destacam como uma opção para investidores que já possuem exposição ao mercado de capitais e desejam diversificar o risco. 

Um dos motivos para isso é a descorrelação tanto com as ações da bolsa de valores quanto com os ciclos imobiliários. 

“Enquanto as ações e o mercado imobiliário podem ser afetados por diferentes fatores econômicos e geopolíticos, os ativos dos Fiagros, que geralmente consistem em crédito para as cadeias do agronegócio e negociação de propriedades, possuem dinâmicas próprias”, menciona Coura

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Portanto, essa baixa correlação oferece uma proteção adicional contra a volatilidade dos mercados financeiros tradicionais, permitindo aos investidores reduzir o risco do seu portfólio enquanto buscam retornos consistentes no longo prazo.

4) Facilidade e baixo aporte

Investir em Fiagros oferece a oportunidade de aplicar em ativos das cadeias produtivas agroindustriais sem realizar a compra de um imóvel rural ou de títulos de dívidas, como Letras de Crédito Agrícola (LCAs) e CRAs. 

As cotas de Fiagros são mais baratas, com custos entre R$ 10 e R$ 100, e fundos com boa gestão apostam em vários ativos distintos, o que aumenta a diversificação e reduz o risco.

Conheça o SNAG11, Fiagro de inadimplência zero

O SNAG11 é o Fiagro gerido pela Suno Asset, com mandato híbrido. O fundo investe tanto em imóveis rurais quanto em ativos de crédito. Com mais de 80 mil cotistas, o fundo tem um patrimônio líquido que supera R$ 500 milhões de reais. 

A taxa média da carteira do SNAG11 é de CDI + 3,57%, enquanto a parcela dos imóveis com contratos indexados ao IPCA tem uma taxa de IPCA + 8%. 

Além de um dividend yield de 13,65%, uma das grandes vantagens do fundo é seu risco/retorno, com uma volatilidade menor que seus pares. Em dezembro de 2023, a volatilidade do SNAG11 chegou a 3,2%, enquanto a média dos demais Fiagros subiu para 15,8%.

Fiagros: o que o investidor precisa analisar na hora de investir?

Os Fiagros são, em sua maioria, perfis de FII expostos ao risco de crédito. Por isso, diz Coura, é importante que o investidor compreenda o perfil de risco dessas operações, observando critérios como diversificação, composição de garantias e perfil dos devedores.

Vitor Duarte, CIO da Suno Asset, lembra que é importante os investidores avaliarem os ativos que os fundos carregam, relacionando as taxas com o grau de risco. Ele ressalta que uma taxa mais alta está associada a um maior risco e aconselha a escolha de fundos que possam lidar bem com períodos de turbulência. Duarte menciona que alguns Fiagros enfrentaram problemas com Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) devido à compra excessiva de risco, enquanto os Fiagros mais conservadores se saíram melhor durante a crise.

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Vinícius Alves

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