Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos mais críticos, diz diretora do Fed
A turbulência bancária ocorrida no ano passado nos Estados Unidos (EUA) ilustra claramente que supervisores e instituições financeiras devem se concentrar em questões essenciais – como risco de crédito, risco de taxa de juros e risco de liquidez -, em vez de se ocuparem com assuntos tangenciais. A avaliação foi feita pela diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Michelle Bowman e consta em discurso divulgado na sexta-feira, 17.
Na convenção anual da Pennsylvania Bankers Association, Bowman instou os agentes de mercado a participarem das consultas sobre propostas de regulação bancária que estão sendo discutidas nos EUA.
Ela reconheceu que reguladores podem acabar perdendo de vista os principais riscos a serem abordados, e focarem em questões que não representam uma ameaça direta ao sistema financeiro, como mudanças climáticas.
“Nossas ações recentes sugerem que esse pode ser o caso, e que tomamos medidas que poderiam desviar o foco da administração de bancos de riscos importantes e fundamentais”, comentou a dirigente.
E acrescentou: “Preocupa-me o fato de que concentrar nossos esforços de reforma regulatória em questões como mudanças climáticas só servirá para distrair ainda mais a administração e os supervisores dos bancos.”
China perde para EUA a posição de principal parceira comercial da Alemanha
Os Estados Unidos desbancaram a China de seu posto de principal parceiro comercial da Alemanha no primeiro trimestre do ano, em meio a tensões geopolíticas que ameaçam o relacionamento dos países ocidentais com a nação asiática. O volume do comércio exterior, que compreende tanto as exportações quanto as importações, entre a Alemanha e a China totalizou 60,0 bilhões de euros, segundo dados da agência de estatísticas alemã Destatis, divulgados nesta sexta-feira, 17.
Os volumes de comércio com os EUA somaram 63,2 bilhões de euros.
A China foi o principal parceiro comercial da Alemanha tanto no primeiro trimestre do ano passado quanto em todo o ano de 2023.
Sua queda no ranking foi impulsionada por um declínio de 12% no ano nas importações. As exportações para a China também caíram 1,1%, com as exportações de automóveis caindo 6,8% no ano, de acordo com a Destatis.
Ainda assim, a China liderou o caminho em termos de importações para a Alemanha, com cerca de 11% do total de 331,2 bilhões de euros em bens importados, segundo os dados.
Um quarto de todos os carros elétricos importados veio da China, segundo a Destatis. Isso ocorre depois que o governo Biden anunciou esta semana uma tarifa de 100% sobre os carros elétricos fabricados na China para os EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.
(Com informações de Estadão Conteúdo)