Radar: Petrobras (PETR4) paga dividendos e JCP bilionários, analistas reduzem preço-alvo de B3 (B3SA3) e BofA é otimista com vendas e expansão da Ambev (ABEV3)

Petrobras (PETR4) anunciou novos proventos aos seus acionistas nesta segunda (13), incluindo dividendos e Juros Sobre Capital Próprio (JCP) intercalares, que totalizam R$ 13,45 bilhões. O valor a ser pago por ação é de R$ 1,04.

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Os dividendos da Petrobras, tal como os JCP, serão pagos em duas parcelas, sendo uma delas no dia 20 de agosto de 2024 e outra no dia 20 de setembro.

Ambas as parcelas terão igual valor, de R$ 0,52 cada.

Somente os investidores com posição em ações da Petrobras ao fim do pregão do dia 11 de junho terão direito aos rendimentos.

Ou seja, a partir do dia 12 de junho os papéis PETR4 e PETR3 passam a ser negociados sem direito aos proventos.

Conforme o fato relevante da Petrobras, “a distribuição proposta está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas vigente, que prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor (atualmente US$ 65 bilhões), a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre“.

“Esta aprovação é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia. Os dividendos propostos já levam em consideração o valor de ações recompradas no primeiro trimestre de 2024 (R$ 1,1 bilhão), que foi descontado do total da remuneração aos acionistas calculada, conforme a fórmula da política de remuneração”, completa a companhia.

Além de Petrobras, confira outros destaques desta terça-feira:

B3 (B3SA3): Goldman Sachs vê ação descontada, mas reduz preço-alvo; entenda a tese do banco

  • As ações da B3 (B3SA3) estão com preço descontado, segundo os analistas do Goldman Sachs. Apesar disso, o banco não vê um catalisador positivo no curto prazo para impulsionar os ativos, enquanto as taxas de juros altas pressionam as negociações.
  • Nessa perspectiva, o Goldman Sachs reduziu o preço-alvo de B3SA3 para R$ 13,00 (antes R$ 14,00), mantendo a classificação “neutra”.
  • “As ações da B3 estão sendo negociadas a 13,4x lucro por ação estimado para 2024, 23% abaixo de sua média histórica de 17,4x, mas acima da mediana dos financeiros brasileiros [exceto bancos], que é de 12,4x”, diz relatório do Goldman Sachs.

Ambev (ABEV3): BofA é otimista com vendas e expansão tech da marca, mas reduz preço-alvo

  • Analistas do Bank of America reafirmaram visão positiva para as ações da Ambev (ABEV3), atentos a possíveis pontos de cautela, como o repasse de ICMS mais altos.
  • Após conversa informal com a alta administração da Ambev (ABEV3), o BofA diz que a fabricante de bebidas reafirmou otimismo para as metas.
  • “A curto prazo, os volumes de abril estão em boa forma. A estratégia de gestão de receita permanece a mesma, baseada no repasse da inflação e contribuição positiva da mistura (principalmente da cerveja premium)”, escrevem os analistas do BofA sobre a produção da Ambev.
  • Um dos fatores que mais pode impactar a companhia nos próximos meses é o repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) mais alto, que começou em março. Contudo, os analistas reforçam que esse será um ponto delicado para toda a indústria, incluindo marcas concorrentes.
  • Nesse cenário, o BofA reitera a sua classificação de “compra” para as ações ABEV3, com corte no preço-alvo para R$ 15,50 (antes R$ 16,00) após os resultados apresentados no primeira trimestre deste ano (1T24).
  • “Reiteramos a compra com forte momento de ganhos, com crescimento anual de EBITDA de dois dígitos (exceto na América Latina) em 2024-26, negociando com um rendimento de fluxo de caixa livre de 7%”, diz o relatório.

Petrobras (PETR4) tem lucro 37,9% menor no 1T24, a R$ 23,7 bilhões; veja os motivos

  • A Petrobras (PETR4) anunciou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), conforme novo balanço trimestral divulgado nesta segunda-feira (13).
  • O lucro da Petrobras no 1T24 foi 37,9% menor que o registrado no mesmo período de 2023. Sobre o trimestre imediatamente anterior (1T23), a queda no resultado é de 23,7%.
  • Uma dos principais fatores que levaram a esse resultado, segundo o balanço da Petrobras, foi a queda nos volumes de vendas. Além disso, o lucro mais baixo também está associado a queda na cotação do petróleo, assim como na margem do diesel.

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Nubank (ROXO34) dará continuidade à lucro bilionário? Veja o que esperar do balanço

  • Nubank (ROXO34) divulga seu resultado nesta terça (14), após o fechamento de mercado. Após seu primeiro ano de lucro acima de US$ 1 bilhão, a companhia ainda desperta discordância dentre analistas, especialmente no que tange às recomendações e ao valuation.
  • resultado do Nubank somou US$ 360,9 milhões de lucro no quatro trimestre de 2023 (4T23). Agora, a XP espera que a companhia mostre um lucro ainda maior, de US$ 404 milhões, representando crescimento de 12%.
  • Além disso, a casa espera um Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês) de 27,3%, ante 25,9% no trimestre imediatamente anterior.
  • “Esperamos mais um trimestre de resultados positivos para o Nubank. As receitas devem crescer 10% na base trimestral e 63% na base anual, encerrando o primeiro trimestre em US$ 2,6 bilhões. Embora prevejamos um aumento nas perdas de crédito e nas despesas com juros, o lucro bruto deve crescer 9% no trimestre e atingir US$ 1,2 bilhão”, diz a casa.
  • “Assumindo uma taxa de imposto de renda fixa em relação ao trimestre anterior (em 35,5%), o resultado final deve ficar ligeiramente acima de US$ 404 milhões. No geral, embora o banco continue a crescer de forma saudável, este trimestre deverá registar uma desaceleração marginal no crescimento dos lucros”, completa.
  • A XP tem um preço-alvo de R$ 7,20 para os BDRs do Nubank (ROXO34), com recomendação neutra. Atualmente esses papéis negociam a R$ 9,70 em bolsa.

Magazine Luiza (MGLU3): 1T24 foi fraco em receita, mas positivo em rentabilidade, diz Itaú BBA

  • Em relatório recente sobre o Magazine Luiza (MGLU3), o Itaú BBA avaliou que o balanço da companhia referente ao 1T24 foi fraco em termos de receita, mas indicou tendências positivas de rentabilidade.
  • No primeiro trimestre de 2024 (1T24), o Magazine Luiza (MGLU3) registrou um lucro líquido de R$ 27,9 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 391,2 milhões que tinha sido apresentado no mesmo período do ano passado – primeiro trimestre de 2023 (1T23).
  • No conceito ajustado, a companhia apresentou R$ 29,8 milhões de lucro – frente ao prejuízo de R$ 309 milhões de um ano antes. Segundo a varejista, parte desse resultado é atribuído ao aumento anual nas vendas totais, em cerca de 3,1%, somando R$ 16,02 bilhões.
  • Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 29,8 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 309,4 milhões registrado em igual etapa do ano passado.
  • Em relatório, o Itaú BBA avaliou que os resultados do 1T24 do Magazine Luiza mostraram receitas mais fracas do que o esperado, mas tendências de rentabilidade melhores do que as projetadas pelo mercado.
  • “A receita líquida permaneceu fraca (aumento de 2% ano contra ano e 3% abaixo da nossa estimativa), principalmente devido às fracas tendências online. Em termos de rentabilidade, a expansão da margem bruta foi o destaque do trimestre (alta de 260 bps ano contra ano e em linha com nossa estimativa), impulsionada por uma participação crescente de serviços”, escreveu a equipe do banco.
  • “A margem Ebitda aumentou 250 bps na base anual, para 7,4%, 40 bps acima da nossa estimativa e contribuindo para o resultado final”, acrescentou o Itaú BBA.
  • Para o banco, o trimestre foi marcado por uma melhoria na rentabilidade, o que tem sido o foco dos investidores. No entanto, a evolução das vendas – particularmente no canal online – ainda não apresentou uma aceleração sólida.
  • “No futuro, esperamos que os investidores se concentrem na combinação da sustentabilidade dos ganhos de rentabilidade e na recuperação dos números de vendas. Reconhecemos que a melhoria do ciclo de crédito e queda das taxas de juros poderiam ajudar a demanda, mas em 15x P/L em 2025, permanecemos neutros”, completou o Itaú BBA.
  • O Itaú BBA tem recomendação ‘market perform’, equivalente a ‘neutro’ para as ações do Magazine Luiza, com preço-alvo a R$ 3,00.

Yduqs (YDUQ3) afunda 10% após resultado; entenda o que frustrou os investidores

  • As ações da Yduqs (YDUQ3) caem mais de 10% no pregão desta segunda (13). Na última sexta-feira (10) após o fechamento do mercado, a companhia divulgou seu resultado do 1T24, e as últimas linhas do balanço que ficaram aquém do esperado.
  • Enquanto o mercado esperava R$ 185 milhões de lucro da Yduqs, a companhia reportou R$ 150 milhões. Ebitda e receita também vieram abaixo das projeções do consenso Bloomberg, em R$ 509 milhões e R$ 1,46 bilhão, respectivamente.
  • A Genial Investimentos, que tem recomendação de compra para as ações da Yduqs, classifica o resultado como “morno”.
  • “O resultado se consolidou bem “morno”, com destaque positivo para o topline, que ficou 4% acima de nossas expectativas − reflexo de uma maior captação na BU presencial em relação ao estimado −, e destaque negativo para o bottom line, consolidado R$ 10 milhões abaixo das nossas estimativas, dado a baixa de um maior montante de valores a pagar de aquisições (M&A), consolidado na linha de Outras Despesas Operacionais“.
  • Os analistas tem preço-alvo de R$ 27 para os papéis YDUQ3, que negociam a R$ 14 atualmente.
  • Segundo a Genial, além de encontrar uma base comparativa difícil de ser batida, a margem EBITDA operacional recuou -290bps na base anual (80bps abaixo das estimativas), o que a casa considera reflexo de uma combinação entre maiores despesas com vendas e marketing, para elevar o nível de captação do trimestre, além do crescimento do PDD no período.
  • “Entendemos que este é um efeito pontual para o trimestre e esperamos uma recuperação sequencial da margem EBITDA para o 2º trimestre”, pontua a Genial.

Cemig (CMIG4): resultados do 1T24 vieram em linha com esperado, dizem analistas; veja recomendações

  • Em relatórios recentes sobre a Cemig (CMIG4), analistas avaliaram que os resultados da companhia no primeiro trimestre de 2024 (1T24) vieram em linha com o esperado pelo mercado.
  • A Cemig (CMIG4) registrou um lucro líquido de R$ 1,152 bilhão no primeiro trimestre de 2024, queda de 17,5% em relação ao reportado em igual etapa do ano anterior. O resultado da companhia foi divulgado na última sexta-feira (10).
  • Em relatório, a Genial Investimentos avaliou que a Cemig, notória por sua gestão eficaz enquanto empresa estatal, tem apresentado de forma consistente resultados robustos trimestre após trimestre, em linha tanto com suas previsões quanto com as expectativas do mercado.
  • “A empresa apresentou um crescimento de suas receitas e manteve certo controle rigoroso sobre custos e despesas. Esse gerenciamento financeiro sólido tem sido fundamental para a geração de um fluxo de caixa robusto e para manter uma distribuição de dividendos interessantes, na faixa de 8~9% ao ano. Essa constância reforça nossa visão de que as ações estão sendo negociadas por um preço que reflete seu “valor justo”, conforme nossas análises”, escreveram os analistas Vitor Sousa e Israel Rodrigues.
  • No entanto, conforme a Genial salientou em relatórios anteriores, a performance das ações deve estar vinculada às notícias sobre o processo de privatização ou federalização da companhia. Para a casa, informações previamente divulgadas pela mídia indicavam a intenção do governo de Minas Gerais de privatizar a empresa, enquanto relatórios mais recentes sugerem uma potencial federalização das estatais mineiras.
  • “Dada essa incerteza sobre o caminho que a empresa efetivamente seguirá e mesmo diante dos resultados favoráveis, optamos por manter uma posição de cautela em relação à ação, mantendo nossa orientação de manter”, completam os analistas. A Genial tem preço-alvo a R$ 12,50 para as ações CMIG4.
  • Também em relatório, o BTG Pactual avaliou que os resultados da Cemig no 1T24 vieram dentro do esperado, com lucro líquido acima das expectativas da casa e baixa alavancagem.
  • O banco destacou ainda que o braço de distribuição da Cemig entregou um Ebitda abaixo das suas expectativas, apesar dos volumes decentes. No período, os volumes faturados cresceram 4% ano a ano, graças às altas temperaturas, com todos os segmentos apresentando consumo mais forte.
  • Do lado negativo, o BTG ressaltou que as despesas com devedores duvidosos atingiram R$ 73 bilhões, bem acima do registrado no 1T23 (R$ 8 milhões). O banco tem recomendação ‘neutra’ para as ações da Cemig, com preço-alvo a R$ 11,00.

Da Petrobras à Ambev, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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