Bolsas asiáticas fecham mistas, com China em baixa; Europa avança com balanços
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira (08), com as principais delas recuando em meio a preocupações com balanços corporativos e ajustes técnicos.
Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,58%, aos 129.210,48 pontos.
Liderando perdas na Ásia hoje, o índice Nikkei caiu 1,63% em Tóquio, a 38.202,37 pontos, diante da fraca perspectiva de lucro de algumas grandes empresas do Japão, caso da Nintendo, cuja ação tombou -5,4%, e da Toyota (-0,6%). Também se destacaram em baixa no mercado japonês a Sony (-5%) e a Nomura Holdings (-3,4%).
Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,61%, a 3.128,48 pontos, em uma possível correção técnica, depois de avançar em seis dos últimos sete pregões, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 1,33%, a 1.772,82 pontos. Pesaram nos negócios chineses ações de software e do setor imobiliário.
Já o Hang Seng cedeu 0,90% em Hong Kong, a 18.313,86 pontos, pressionado por ações de tecnologia.
Driblando o tom negativo, o sul-coreano Kospi avançou 0,39% em Seul, a 2.745,05 pontos, com a ajuda de ações financeiras e ligadas a transporte marítimo, e o Taiex registrou modesto ganho de 0,23% em Taiwan, a 20.700,51 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana terminou a sessão em leve alta, sustentada por ações industriais e de tecnologia. O S&P/ASX 200 subiu 0,14% em Sydney, a 7.804,50 pontos.
Europa sobe com balanços
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta quarta-feira, sustentadas por balanços positivos, enquanto investidores também avaliam dados econômicos e a perspectiva da política monetária.
Confira o desempenho dos índices por volta das 08h45:
- Londres (FTSE100): +0,29% aos 8.337 pontos
- Frankfurt (DAX): +0,29% aos 18.492 pontos
- Paris (CAC 40): +0,84% aos 8.143 pontos
- Madrid (Ibex 35): +0,54% aos 11.140 pontos
- Europa (Stoxx 50): +0,50% aos 5.041 pontos
Maior cervejaria do mundo, a AB InBev agradou em receita e volume de vendas no primeiro trimestre. A ação da empresa – que controla a brasileira Ambev – avançava 5% em Bruxelas.
Já a da Siemens Energy saltava quase 13% em Frankfurt, após a companhia de energia alemã voltar a lucrar e ampliar projeções para o ano.
No noticiário macroeconômico, a produção industrial da Alemanha caiu 0,4% na comparação mensal de março, mas analistas previam queda maior.
Em relação à política monetária, o BC da Suécia, o Riksbank, cortou hoje seu juro básico em 25 pontos-base, a 3,75%, e sinalizou que poderá reduzi-lo mais duas vezes durante a segunda metade do ano. O Riksbank é apenas o segundo BC de uma economia rica e desenvolvida a iniciar um ciclo de relaxamento monetário após o salto inflacionário pós-pandemia de covid-19. O primeiro foi o BC da Suíça, em março.
O Banco da Inglaterra (BoE) define seu juro amanhã (09), mas não há expectativa de mudança. O Banco Central Europeu (BCE), por sua vez, continua preparando o terreno para anunciar seu primeiro corte de juros em junho, visto que a inflação da zona do euro parece estar se encaminhando para a meta oficial de 2%.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo