Airbnb passa a alugar aposentos da Rainha Elizabeth

Após a conclusão das obras e um longo processo de reestruturação que permitiu preservar os detalhes históricos do prédio, os apartamentos reais de Holyrood, localizados em Edimburgo, capital da Escócia, que são de propriedade da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, passaram a ser alugados no Airbnb.

Alguns dos apartamentos, que já constam nos registros do Airbnb, datam do ano de 1490. A maioria está localizada na histórica Royal Mile, via que atravessa o centro da cidade. A estrada liga o Castelo de Edimburgo e o palácio de Holyroodhouse, casa do Parlamento Escocês.

Os apartamentos prometem uma experiência única, no entanto, o preço é considerado alto. As unidades com um ou dois quartos que são ofertados, podem custas de 200 libras esterlinas em baixa temporada e 600 libras esterlinas em alta temporada.

Confira: Airbnb tem prejuízo líquido de US$ 322 mi nos primeiros nove meses de 2019

No entanto, o príncipe de Gales, Charles, pretende maximizar os retornos com os aluguéis, insistindo na promoção dos apartamentos em site como do Airbnb e Booking (NASDAQ: BKNG).

Relação entre Airbnb e a família real

A aproximação entre a família real e a startup não é novidade. O príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, a duquesa de Sussex, já alugaram uma vila inteira, em Vancouver, no Canadá, por 1.200 euros (R$ 6,22 mil) por semana.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2022/06/Banner-FIAGRO-4.png

Ali moram os duques de Sussex e sua equipe de segurança, após a tentativa de emancipação financeira do casal da família real. Todavia, o palácio de Windsor, que a Rainha lhes disponibilizou, agora ficará vazia na maior parte do ano.

Caso a família real autorizasse o registro da residência no Airbnb, caso alugados, os apartamentos poderiam gerar uma renda mensal de aproximadamente 30 mil euros (R$ 155,74 mil) ao casal.

Prejuízo e abertura de capital

O Airbnb registrou prejuízo líquido de US$ 322 milhões entre janeiro e setembro de 2019, segundo fontes familiarizadas com a empresa. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal “The Wall Street Journal” no mês passado.

Conforme dados divulgados pela “Dow Jones VentureSource”, a empresa de aluguéis foi avaliada em US$ 31 bilhões na última rodada de financiamento, em 2017. Entretanto, uma das fontes informou que a avaliação interna realizada recentemente foi muito menor.

Em 2018, no mesmo período citado, a empresa teve um lucro líquido de US$ 200 milhões. De acordo com as fontes, a queda poderá afetar o preço da empresa em sua oferta pública inicial de ações (IPO), prevista para ocorrer neste ano.

Saiba mais: Coronavírus: crescimento econômico global será menor em 2020, diz FMI

Além disso, o crescimento das preocupações mundiais com a disseminação do coronavírus (Covid-19) podem fazer com que a companhia adie seu IPO. Segundo informações da agência de notícias “Bloomberg”, o Airbnb estava avançando nas negociações e planejava realizar a abertura de capital da companhia entre março e abril deste ano.

Entretanto, de acordo com as afirmações de fontes anônimas à agência, é provável que a ideia seja abortada pelo Airbnb graças ao avanço da epidemia pelo mundo e o impacto nas operações da empresa, uma vez que o temor pelo vírus está causando restrições a viagens e outras interrupções que influenciam diretamente o setor de viagens e turismo.

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno