Dólar em alta com Treasuries aguardando direcionamentos do Banco Central
O dólar opera em alta na manhã desta quarta-feira (24) após uma queda pontual mais cedo, na esteira da valorização externa da divisa americana e dos rendimentos dos Treasuries. Investidores fazem ajustes finos em meio a pano de fundo de cautela fiscal.
Com mudanças leves na cotação do dólar, os ajustes de investidores estrangeiros refletem ainda uma realização de lucros, após três pregões de queda consecutiva frente o real.
Há também um compasso de espera pela divulgação do índice PCE, nos Estados Unidos, e do IPCA-15 – ambos na sexta-feira. Nos EUA, as encomendas de bens duráveis subiram 2,6% em março ante fevereiro, acima da previsão (+2%).
Palestra com Galípolo, do Banco Central
Nesta quarta, as atenções se voltam ainda para o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que profere palestra. A expectativa inicial era de que ele falasse às 10h, mas agora a previsão é de que comece a palestra às 11h.
Reforma tributária
Também está previsto o envio pelo governo dos projetos de lei que complementam a reforma tributária ao Congresso. Na terça-feira, 23, a Câmara aprovou o projeto de lei que reformula o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Este projeto foi desidratado e segue agora para o Senado.
PEC do Quinquênio
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de um jantar na noite desta terça-feira com senadores da base de apoio ao governo. Ele expôs aos parlamentares preocupação com o impacto fiscal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio, apurou o Broadcast Político.
Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Haddad disse aos senadores que há um risco fiscal com a PEC do Quinquênio, que está sendo discutida no plenário do Senado. Afirmou que a inclusão de categorias na proposta fez com que o impacto ficasse ainda maior.
Minério de ferro e dólar
A alta de 3,08% do minério de ferro na China abriu espaço para queda pontual no mercado de câmbio, mais cedo. Mas o recuo do petróleo ajuda ainda na retomada da alta frente o real.
No exterior, o preço do dólar ultrapassou 155 ienes pela primeira vez desde julho de 1990, na máxima intraday a 155,17 ienes.
O movimento ocorre em meio a especulações sobre possível ausência de novas alterações nos juros durante decisão monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), que ocorre na sexta-feira. Às 9h37 (de Brasília), o dólar subia a 154,97 ienes.
No mesmo horário, o dólar à vista ganhava 0,34%, a R$ 5,1477. O dólar para maio subia 0,21%, a R$ 5,1490.
Com informações de Estadão Conteúdo.