Petróleo: preços caem e têm maior recuo em anos

Os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira (28) pelo sexto dia consecutivo. O custo chegou às mínimas registradas há mais de um ano e levou o preço dos contratos futuros ao maior recuo semanal em anos.

O preço do barril de petróleo aumenta à medida que a epidemia de coronavírus (COVID-19) se espalha. O novo vírus afeta diretamente o setor de serviços, consumidor de matérias-primas como o petróleo.

As tensões, além disso, acerca da disseminação do coronavírus e da desaceleração da economia global contribuem para o impacto negativo na demanda de energia.

Os preços da commodity Brent registraram menor nível desde julho 2017. O vencimento mais ativo, para maio deste ano, fechou em baixa de 4%, com barril cotado a R$ 49,67. Os contratos futuros, com entrega marcada para abril, caíram 3,2%, deixando o barril cotado a R$ 50,52.

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Com o barril cotado a 44,76, o preço do petróleo nos Estados Unidos recuou 5%. Estes valores são os mais baixos de fechamento do Brent e do West Texas Intermediate (WTI) desde dezembro de 2018.

O Brent registrou uma queda de 14% no acumulado semanal. O percentual é o menor desde de janeiro 2016. A situação do petróleo americano é ainda pior. Nos Estados Unidos, o preço dos petróleo recuou mais de 16%. Esta é a maior baixa desde de dezembro de 2008.

A tensão global com relação à epidemia do coronavírus também levou as bolsas globais de ações, de metais preciosos e industriais ao vermelho, com as perdas somando 5 trilhões de dólares.

“Praticamente todos os ativos fixos estão tentando descontar com precisão o impacto sobre o PIB e a demanda causado pelo coronavírus, que parece que ainda está se disseminando, ao invés de contrair”, declarou em relatório o presidente da Ritterbusch and Associates, Jim Ritterbusch.

Avanço do coronavírus afeta o preço do petróleo

Nesta sexta-feira (28), a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma nova classificação para o coronavírus, colocando o risco de epidemia global como ‘muito alto’.

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De acordo com os dados divulgados pela OMS, a China registrou 329 casos nas últimas 24 horas. Este foi o menor número de casos dos últimos 30 dias. Atualmente, o país asiático registrou 78.959 casos do vírus. Ademais, até agora são 2.791 vítimas em território chinês.

Nesta semana, o Brasil confirmou o primeiro caso da doença. Além disso, nas últimas 24 horas, Nova Zelândia e Nigéria também confirmaram os primeiros casos de coronavírus. A Coreia do Sul ultrapassou a marca de 2,3 mil pessoas infectadas, tendo 571 novos casos confirmados desde a última quinta-feira (27). Já são 13 mortes no país.

Arthur Guimarães

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