Vale (VALE3): produção de minério de ferro sobe 6% no primeiro trimestre e chega a 70,8 milhões de toneladas

A Vale (VALE3) anunciou a produção de 70,8 milhões de toneladas métricas (Mt) de minério de ferro durante o primeiro trimestre de 2024 (1T24).

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Conforme novo relatório operacional anunciado nesta segunda-feira (29), a produção de minério de ferro da Vale mostra uma queda de 20,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior (4T23), mas uma alta de 6,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2023 (1T23).

O aumento anual na produção da Vale é atribuído ao melhor desempenho operacional no S11D. Além disso, também impactou nesse resultado a “continuidade das iniciativas de confiabilidade dos ativos”, assim como maiores compras de terceiros.

A produção de pelotas da mineradora somou 8,5 milhões de toneladas métricas, com crescimento anual de 2%, impactada pelo aumento da “pellet feed” disponível.

Já as vendas de minério de ferro da Vale atingiram 63,8 milhões de toneladas métricas no primeiro trimestre de 2024, com aumento anual de 15%.

A Vale destacou um aumento considerável nas vendas durante o primeiro trimestre de 2024. No período, a empresa comercializou 63,826 milhões de toneladas da commodity, alta de 14,7% na comparação anual e queda de 29,3% no intervalo trimestral.

Segundo a Vale, o trimestre foi marcado por “vendas robustas de minério de ferro”, impulsionado pela melhoria consistente nas operações da commodity.

As vendas de finos da Vale atingiram 52,546 milhões de toneladas, aumento de 14,6% ante igual período do ano passado e retração de 32,5% na comparação sequencial.

Já as vendas de pelotas aumentaram 13,4% na comparação anual e diminuíram 10,3% no intervalo trimestral, para 9,225 milhões de toneladas, enquanto a produção de pelotas foi de 8,467 milhões de toneladas, aumento de 1,8%.

Preço realizado de finos de minério no trimestre foi de US$ 100,7/t, queda anual de 7,3%

O preço realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 100,7 por tonelada no primeiro trimestre de 2024, queda de 7,3% ante igual período do ano passado. No intervalo sequencial, o recuo foi de 14,9%, informou a Vale em seu relatório de produção e vendas nesta terça-feira, 16.

Segundo a mineradora, a redução no preço realizado de finos de minério foi atribuída, em grande parte, aos ajustes provisórios de preços devido a preços futuros menores no último dia do trimestre do que a média para o período.

O preço realizado das pelotas, por sua vez, foi de US$ 171,9 a tonelada, aumento de 5,8% ante igual período do ano passado e avanço de 5,2% na comparação sequencial. De acordo com a Vale, os prêmios contratuais trimestrais de pelotas aumentaram, enquanto as vendas de pelotas geralmente não são impactadas por ajustes provisórios de preços.

O prêmio all-in totalizou US$ 2,2 por tonelada, ligeiramente maior na comparação trimestre contra trimestre. A Vale explicou que, dadas as atuais condições de mercado, com um spread de preço menor para materiais de menor qualidade, a empresa continuou a priorizar a venda de produtos blendados e de alta sílica no primeiro trimestre, a fim de maximizar o valor de seu portfólio de produtos.

Outros destaques de produção e venda da Vale no 1T24

A produção de cobre foi 22% maior, a 81,9 quilotoneladas (kt). Segundo a Vale, essa produção foi impulsionada pela “continuação do sólido ramp-up da planta de Salobo 3, bem como pelo melhor desempenho operacional das plantas de Salobo 1 e 2”.

A produção de níquel da Vale, por sua vez, foi de 39,5 quilotoneladas, cerca de 4% mais baixa na comparação anual. A queda é atribuída sobretudo pela “reforma do forno de Onça Puma”, mas que acabou sendo compensada de forma parcial pelo “melhor desempenho das operações do Canadá e da Indonésia”, destaca o comunicado da Vale.

Um dos principais destaques do desempenho da Vale no primeiro trimestre deste ano foram as vendas de minério de ferro em patamares considerados “robustos” (+15% a/a), e a consistência no aprimoramento das operações da commodity.

Outro destaque da Vale no período foi sobre o cobre, visto que Salobo 3 alcançou uma taxa média de processamento de cerca de 90%. Em relação ao níquel, as operações situadas na Indonésia e no Canadá geraram uma melhor performance na comparação anual.

Com Estadão Conteúdo

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João Vitor Jacintho

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