Ibovespa abre em leve queda, de olho em tensão no Oriente Médio; Vale (VALE3) avança, Magazine Luiza (MGLU3) cai e dólar dispara

O Ibovespa abriu a sessão desta segunda-feira (15) em queda, e por volta das 10h20, o índice recuava 0,19%, aos 125.711 pontos.

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Apesar da escalada nas tensões no Oriente Médio, com o ataque do Irã contra Israel no final de semana, o petróleo opera em queda superior a 0,50% nesta manhã.

“Isso passa uma mensagem de que o mercado entrou no final de semana com muito prêmio de risco. Ou seja, já havia precificado um cenário pior, que acabou por não se concretizar”, comenta Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos.

Nessa esteira, a Petrobras recua: Petrobras ON (PETR3), -0,17% a R$ 40,23 e Petrobras PN (PETR4), -0,49% a R$ 38,75.

Já o minério de ferro fechou em alta de 2,18% nesta madrugada em Dalian, na China. Com isso, a Vale (VALE3) avança 0,94% a R$ 62,22.

A maior alta do Ibov no início da sessão é de BRF (BRFS3), +7,38% a R$ 17,46, após ter recomendação elevada pelo Goldman Sachs. Dexco (DXCO3), +6,04% a R$ 7,72 e Gerdau (GGBR4), +3,68% a R$ 23,13, completam o top-3.

Na ponta negativa, Minerva (BEEF3) lidera as perdas do índice Bovespa com -3,90% a R$ 6,15, seguida por Pão de Açúcar (PCAR3), -2,35% a R$ 2,49 e Magazine Luiza (MGLU3), -1,81% a R$ 1,63.

No radar dos investidores

O mercado hoje fica atento aos desdobramentos do ataque feito pelo Irã contra Israel no final de semana. A escalada do conflito pode causar reflexos no petróleo, dólar e juros, segundo analistas.

“Os próximos passos do mercado virão da probabilidade de Israel responder ao ataque do Irã. Nos próximos dias, investidores ficarão mais de olho nisso do que em dados macroeconômicos”, diz Saadia.

Caso haja uma escalada do petróleo, a perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos pode azedar ainda mais. Isso porque uma disparada na commodity chama atenção para a inflação, que por sua vez demanda juros mais altos.

Nesse sentido, foi adicionado mais um tempero nesta manhã: as vendas do varejo nos Estados Unidos tiveram variação mensal de 0,70% em março, acima do consenso de 0,30%. Com isso, os rendimentos dos treasuries dispararam, refletindo a deterioração nas expectativas pelo corte de juros por lá.

Aqui no Brasil, o mercado também fica de olho em Brasília. Isso porque nesta segunda-feira, o governo apresenta a LDO e a meta fiscal para 2025.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Cotações de Ações
Cotações extraídas em 15/04/2024 às 10:32

Cotação do dólar

A cotação do dólar hoje avança 1,36% a R$ 5,1872.

O dólar hoje acompanha a escalada dos treasuries nos Estados Unidos, que repercutem as vendas no varejo acima do esperado por lá.

Bolsas asiáticas fecham em queda, de olho no Oriente Médio

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira (15), em meio a preocupações com a situação no Oriente Médio após os ataques lançados pelo Irã contra Israel no fim de semana.

Hoje, o índice japonês Nikkei caiu 0,74% em Tóquio, a 39.232,80 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,72% em Hong Kong, a 16.600,46 pontos. O sul-coreano Kospi cedeu 0,42% em Seul, a 2.670,43 pontos, e o Taiex registrou perda de 1,38% em Taiwan, a 20.449,77 pontos.

No sábado (13), o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones contra alvos militares em Israel. A maior parte dos projéteis, no entanto, foi interceptada e os danos foram pequenos. Antes do ataque, que já era esperado, Wall Street sofreu perdas de mais de 1% na sexta-feira (12).

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Na China continental, o índice Xangai Composto driblou o mau humor na Ásia e subiu 1,26%, a 3.057,38 pontos, após Pequim divulgar novas diretrizes para os mercados de capitais que enfatizam a proteção a investidores. Já o menos abrangente Shenzhen Composto teve baixa de 0,30%, a 1.702,68 pontos. O banco central chinês, conhecido como PBoC, manteve a taxa da linha de empréstimo de médio prazo em 2,5%, sugerindo que seus juros principais também ficarão inalterados.

No fim da noite de hoje, estão previstos dados do Produto Interno Bruto (PIB) chinês do primeiro trimestre, assim como números da indústria e varejo referentes a março da segunda maior economia do mundo.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho hoje, diante das incertezas no Oriente Médio. O S&P/ASX 200 caiu 0,46% em Sydney, a 7.752,50 pontos.

Último fechamento do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a sessão da última sexta-feira (12) em queda 1,14%, aos 125.946 pontos.

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Guilherme Serrano Silva

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