FMI: Negociações com Argentina estão indo bem, diz porta-voz

O porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice, afirmou nesta quinta-feira (27) que as negociações entre a autoridade monetária e a Argentina estão indo bem.

De acordo com Rice, o ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, se reuniu com representantes do FMI em Washington, nos Estados Unidos, na última segunda-feira (24). Antes disso, o ministro já havia se encontrado com a diretora-gerente do fundo, Kristalina Georgieva.

“As discussões estão indo bem e esperamos que continuem nos próximos dias”, afirmou o porta-voz da organização.

Rice afirmou que, segundo o ministro, a Argentina começará as consultas do Artigo IV como forma de desenvolver um novo programa de renegociação da dívida. Uma consulta a este artigo ocorre quando o FMI realiza uma avaliação das políticas econômicas e financeiras de um país. Com isso, o fundo pode apresentar novas condições para a negociação.

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O país latino-americano possui uma dívida de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 196 bilhões) com o FMI, que foi contraída durante o governo do ex-presidente Mauricio Macri. Além disso, atualmente, a Argentina tem uma dívida pública global que ultrapassa US$ 311 bilhões de dólares. O valor é superior a 90% do Produto Interno Bruto (PIB) argentino.

FMI ressalta que dívida da Argentina não é sustentável

Na semana passada, o o FMI informou por meio de um comunicado que a dívida da Argentina não é sustentável. De acordo com a autoridade monetária, o país precisará da ajuda de credores privados.

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“Se requer uma operação de dívida definitiva, que gere uma contribuição apreciável dos credores privados, para ajudar a restaurar a sustentabilidade da dívida com uma alta probabilidade”, informou o fundo.

Por outro lado, a organização internacional reconheceu que a inflação na Argentina está abaixando ao longo dos últimos meses, além da estabilização das reservas internacionais e do peso. Mesmo assim, o órgão salientou que o país precisará de “esforços adicionais para reduzi-las ainda mais dos seus níveis atuais”.

Giovanna Oliveira

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