Coronavírus: máscaras podem ter preço elevado e número reduzido
Com a chegada do novo coronavírus no Brasil, o preço de máscaras faciais pode disparar, enquanto o número do equipamento deve diminuir.
Segundo a Bionexo, startup de saúde brasileira de soluções digitais para gestão em saúde, até o dia 10 de fevereiro o preço das máscaras faciais aumentou em 10 vezes. O preço médio do acessório foi de R$ 2 para R$ 20 nos primeiros dias do mês.
Em janeiro mais de 66 mil máscaras foram comercializadas por fornecedores. O número mais do que duplicou em relação ao mesmo período em 2019. No início de fevereiro, foram mais de 24 mil unidades negociadas para instituições de saúde brasileiras.
O estado que teve maior número relativo de compras do produto foi São Paulo, equivalente a 30% do montante nacional. Rio de Janeiro vem logo após com 20%.
Segundo a Bionexo, as demandas chegam de toda a parte do globo. Alguns fornecedores receberam pedidos de Cingapura, mas não havia estoque disponível.
Recomendação da OMS
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as máscaras faciais podem não ser a melhor maneira de se prevenir contra o novo coronavírus.
Indivíduos que não apresentam doenças respiratórias não precisam do equipamento. “A OMS recomenda o uso de máscaras para pessoas com sintomas de COVID-19 e para aqueles que cuidam de indivíduos com sintomas, como tosse e febre”, declara em nota.
De acordo com a Organização, a melhor maneira de se precaver contra o coronavírus é limpar bem e frequentemente as mãos; cobrir a boca quando tossir e o nariz quando espirrar; manter uma distância de pelo manos um metro de pessoas tossindo ou espirrando.
Coronavírus pelo mundo
O Brasil confirmou o primeiro caso de coronavírus no país. Um homem de 61 anos, que esteve em viagem à Itália no início deste mês, havia testado positivo para o vírus no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
O exame foi submetido ao teste de contraprova no Instituto Adolfo Lutz, sendo confirmado posteriormente. O Brasil, dessa forma, passa a ser o primeiro país da América Latina com um caso confirmado da epidemia.
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O governo chinês confirmou, nesta quarta-feira, mais 52 casos de morte ocasionadas pela doença. Segundo as autoridades, todas as novas mortes confirmadas foram registradas na província de Hubei, epicentro da epidemia. O número total de infectados no país passou de 78 mil.
A Itália se tornou o país europeu mais atingido pela epidemia. Com novos casos confirmados em Lombardia e Veneto, norte do país, são 11 mortes no território italiano, além de 323 infecções confirmadas.
Na madrugada desta quarta-feira, a primeira morte causada pela doença foi confirmada na França.