Ambev (ABEV3): Ebitda deve crescer 20% no primeiro trimestre, dizem analistas
Segundo os analistas do Bank of America, o Ebitda da Ambev (ABEV3) – excluindo a América do Sul – tem um potencial de crescimento de 19% ao ano.
De acordo com os especialistas, o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado deverá resultar em um resultado estável, em torno de R$ 6,36 bilhões.
O número é parecido com as projeções de analistas do BTG Pactual de R$ 6,4 bilhões.
A seguir é possível acompanhar as principais expectativas para o lucro da Ambev e outros dados no começo deste ano, que serão oficializadas com o resultado do primeiro trimestre de 2024 (1T24), no próximo dia 8 de maio, antes da abertura do mercado.
Ebitda da Ambev pode crescer 19% ao ano, diz BofA
“Esperamos que a Ambev reporte resultados sólidos do 1T24. Volumes fortes de cerveja no Brasil e um mix de preço resiliente devem ser o destaque do trimestre”, indicam os analistas do Bank of America.
Segundo eles, o custo unitário mais baixo combinado com a expansão de margem no CAC, deve impulsionar um crescimento do Ebitda (ex-LAS) de 19% ao ano.
A retirada da América Latina Sul (LAS) se deve ao impacto negativo do Peso Argentino. Quando entra na conta, espera-se EBITDA consolidado deve ficar estável em R$ 6,36 bilhões, em linha com o consenso.
Além disso, os analistas esperam uma queda no lucro líquido deve cair de 15% ao ano para R$ 3,2 bilhões, devido à alta de imposto em 20 pontos percentuais ao ano devido à mudança na regulamentação sobre o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP).
Para os analistas do BTG, as estimativas incluem uma receita de R$ 20 bilhões, EBITDA a R$ 6,4 bilhões e lucro de R$ 3,3 bilhões. De acordo com o banco, os números mantiveram o padrão das suas projeções originais, mas indicam uma redução na expectativa de receita líquida para cerveja no Brasil e CAC.
Já os analistas do Citi acreditam que, apesar da esperada queda de volume das cervejas, isso deve se traduzir em um aumento no Ebitda da Ambev a R$ 3,5 bilhões, “um notável” crescimento de 22% no ano contra ano.
Volume de cerveja cresce com Carnaval e demais fatores
Com base nos relatórios dos três bancos, tanto o BofA, como BTG e Citi são construtivos para volumes de cerveja da Ambev.
O BofA prevê um crescimento de 2,5% ao ano nos volumes de cerveja no Brasil, destacando um desempenho sólido durante o Carnaval e o clima mais quente como impulsionadores desse crescimento.
No ano, o banco espera uma expansão de 4% ao ano na receita por hectolitro, principalmente devido aos aumentos de preço em 2023, embora parcialmente compensados por impostos estaduais mais altos. A comparação fácil no custo por hectolitro é outro fator positivo.
O BTG por sua vez projeta um crescimento de volume de 3% ao ano na cerveja brasileira da ABEV3. Eles reconhecem a resiliência da categoria, mas observam que os volumes podem ser afetados por um mix de canais menos favorável e uma atividade promocional mais intensa na indústria.
Na mesma linha, o Citi também espera um crescimento de 3% no volume de vendas da Ambev em comparação com o ano anterior.
A casa considera esse crescimento significativo, embora inferior às tendências recentes e aos dados da indústria para o período de janeiro e fevereiro, após um março aparentemente mais fraco. Eles atribuem esse crescimento a um mix de canais menos favoráveis e uma maior atividade promocional na indústria devido à concorrência e aos impostos estaduais.
Ações da Ambev (ABEV3)
Nesta segunda-feira (8), por volta das 11h (Brasília), as ações da Ambev (ABEV3) eram negociadas em viés positivo, com crescimento leve de 0,16%, a R$ 12,25.
Cotação abev3