Vale (VALE3) retira barragem de estado de emergência e quer zerar estruturas em nível 3 até 2025

A barragem Peneirinha, da Vale (VALE3), teve seu nível de emergência retirado pela Agência Nacional de Mineração (ANM), elevando para 12 o número de estruturas que saíram do patamar de alerta nos últimos dois anos. A barragem fica na mina Horizontes, no Complexo Vargem Grande, em Nova Lima (MG).

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A Vale ainda tem outras 19 barragens com algum nível de emergência. Dessas barragens da Val, todas as que recebiam rejeitos estão inativas, conforme a companhia. A expectativa da empresa para 2025, conforme apresentação a investidores realizada em dezembro, é reduzir o número de estruturas nessa situação a nove, nenhuma em nível 3, o mais agudo.

A Vale vem buscando melhorar as condições de segurança de suas estruturas após os desastres de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), nos quais barragens se romperam e provocaram desastres.

A mineradora informou que eliminou 13 barragens a montante e está descaracterizando outras 17. A meta é descaracterizar todas até 2035, de acordo com o termo de compromisso firmado em fevereiro de 2022 com as autoridades públicas. “Essas barragens são monitoradas permanentemente e recebem ações contínuas para aprimorar a segurança”, disse a Vale em nota.

A barragem Peneirinha contém em torno de um milhão de metros cúbicos de rejeitos e foi construída pelo método de alteamento por linha de centro. Está inativa desde 1986 e não recebe mais rejeitos. A estrutura passou por investigações geotécnicas e ensaios de laboratório, que confirmaram as condições de segurança e estabilidade do barramento, disse a companhia em nota.

“A melhora nas condições de segurança das estruturas da Vale reflete esse esforço”, disse Geraldo Paes, diretor global de geotecnia da Vale, na nota.

Vale tem ‘lugar tomado’ em preferências do BBA

Em novo relatório sobre suas preferências setoriais, analistas do Itaú BBA trocaram a Vale pela Gerdau (GGBR4) olhando para mineração e siderurgia.

“A companhia tem a nossa preferência devido à maior exposição da Gerdau à dinâmica global do aço em relação aos seus pares, que dependem fortemente dos preços do minério de ferro – que vêm sofrendo nas últimas semanas”, diz o BBA ao trocar a Vale pela Gerdau.

“O mercado doméstico de aço ainda parece desafiador, mas entendemos que a companhia deve começar a ver melhora nas margens devido aos esforços da estratégia de redução de custos. Além disso, vemos a empresa como mais defensiva quando comparada aos seus pares devido às operações nos Estados Unidos”, completa.

Apesar disso, a recomendação do BBA para as ações da Gerdau é neutra, com preço-alvo de R$ 24, ao passo que os papéis negociam a cerca de R$ 22 em bolsa.

Além da retirada das ações da Vale (VALE3) do portfólio, especialistas do BBA fizeram duas outras alterações: Ânima (ANIM3) entrou no lugar de Yduqs (YDUQ3) no setor de educação e Grupo Soma (SOMA3) entra no lugar de Carrefour (CRFB3) no setor de varejo.

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Desempenho das ações de Vale (VALE3)

No intradia, as ações ordinárias da Vale caem 0,18%, cotadas a R$ 60,50. No mês, as ações caem 5,59% e no acumulado do ano, a queda é de 18,07%.

Cotação VALE3

Gráfico gerado em: 28/03/2024
5 Dias

*Com informações de Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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