Greve dos caminhoneiros: Justiça proíbe bloqueio do Porto de Santos

A Justiça Federal proibiu neste domingo (16) o bloqueio do porto de santos por parte do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos (Sindicam). A entidade queria organizar uma greve dos caminhoneiros em frente ao principal terminal portuário da América Latina por 24 horas nesta segunda (17).

Caso a greve dos caminhoneiros ocorra, a liminar da Justiça Federal estipula uma multa diária de R$ 200 mil por descumprimento da medida.

O juiz Roberto da Silva Oliveira, em sua decisão, proibiu o bloqueio de acessos terrestres e marítimos aos terminais, “incluindo as vias de circulação interna do porto e perimetrais” até o dia 21 de fevereiro.

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Segundo o juiz, uma eventual greve dos caminhoneiros no porto de Santos poderia inviabilizar ou atrapalhar uma eventual operação da Codesp para evitar a proliferação do coronavírus “com possível contágio de tripulantes em navio que atracou em portos chineses”.

O navio chinês Kota Pemimpin deveria chegar ao porto de Santos na segunda. Entretanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) salientou não haver motivo de preocupação com o navio, pois não há notícias de tripulantes infectados pelo coronavírus.

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Todavia, a agência salientou que “irá a bordo da embarcação e fará, em conjunto com a vigilância epidemiológica de Santos, a avaliação clínica de todos os tripulantes. Também será feita uma avaliação sanitária completa da embarcação”.

Sindicato convocou greve dos caminhoneiros

No último sábado (15) foi divulgado nas redes sociais um vídeo em que um dos líderes do Sindicam, Alexsandro Viviani, convocava a greve dos caminhoneiros.

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Viviani salientava como o movimento pedia:

  • a criação de um piso mínimo da tabela de frete;
  • a retirada do ICMS dos combustíveis;
  • e o fim daquilo que chamou de “perda de [postos de] trabalho no porto” causados pelo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento da Codesp;

“Brasília tem um projeto que vai tirar 8.000 postos de trabalho no porto de Santos e nós não vamos admitir. Vamos fazer essa paralisação […] para mostrar para o governo federal que nós somos unidos e que não vamos permitir a perda de trabalho no porto”, declarou o líder sindical convocando a greve dos caminhoneiros.

Carlo Cauti

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