Taesa (TAEE11): lucro vai subir, mas resultados do 4T23 virão ‘sem surpresas’
A Taesa (TAEE11) reporta seu resultado referente ao quarto trimestre de 2023 (4T23) após o fechamento de pregão desta quarta-feira (6).
O mercado espera que o lucro da Taesa feche em R$ 469 milhões no período, conforme dados do consenso Bloomberg – ante R$ 278,9 milhões do 3T23 e R$ 22,8 milhões do 4T22
Além disso, as expectativas são de que a Taesa no 4T23 mostre R$ 512 milhões de Ebitda e R$ 768 milhões de receita líquida, segundo o consenso de mercado.
Individualmente, analistas mantém cautela com as ações da Taesa, ainda com a tese de que os papéis são relativamente bem precificados e que a companhia tem um futuro menos previsível do que outras companhias do setor elétrico.
Especialistas do BTG Pactual, por exemplo, chegaram a recomendar venda dos papéis TAEE11. A casa estima um lucro de R$ 267 milhões no 4T23, substancialmente menor do que a expectativa do consenso de mercado.
“Esperamos outro trimestre nada surpreendente, com a deflação do IGP-M praticamente compensado pela energização de novos ativos no LTM (Sant’Ana e Saíra, ambos parcialmente)”, diz a casa.
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“Os resultados do IFRS devem permanecer suaves em relação à deflação e à diminuição da constrção de margens. Nossa projeção de EBITDA é de R$ 485 milhões, um aumento de 4% na base anual, gerando uma margem EBITDA de 82% (ante 83% no 4T22)”, completa.
Analistas da XP não emitiram um parecer com projeções específicas para a Taesa, mas, em se tratando do setor elétrico como um todo, destacaram que esperam ver um cenário de maior otimismo para distribuidoras por conta das temperaturas mais elevadas.
Contudo, sobre o setor de transmissão, o qual a Taesa, integra, os especialistas tem uma análise em linha com a do BTG.
“Sem surpresas, as empresas de transmissão de energia devem refletir o reajuste inflacionário do ciclo 23/24 da RAP”, dizem os especialistas da casa.
A XP tem recomendação neutra para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 38. Os papéis são negociados em bolsa atualmente pouco abaixo de R$ 35.
O último parecer da casa sobre a empresa foi ao fim do Investor Day da elétrica, em dezembro de 2023, quando a XP apontou que o evento “não trouxe nenhuma mudança significativa na estratégia da companhia”.
Os analistas observam, porém, que o principal desafio da empresa é a gestão da alavancagem.
“Segundo o management, o nível de alavancagem ideal para a Companhia é inferior a 4,0x. Isto permite-lhes equilibrar o pagamento de dividendos e otimizar a sua estrutura de capital“.
Especialistas da Genial Investimentos, da mesma forma, mantém cautela ao manter recomendação neutra para as ações da empresa. O preço-alvo da casa é de R$ 35.
No seu último relatório, referente aos resultados do trimestre imediatamente anterior, os especialistas também bateram na tecla do endividamento.
“A empresa é a mais alavancada dentre os pares (3,7x Dívida Líquida/EBITDA 12M), em um cenário de juros altos. Junto a isso, vemos a empresa com o menor prazo de concessão médio dentre as empresas do segmento, sem projetos novos no pipeline de investimentos para adicionar perspectivas de crescimento de receita”, observam.
“E por fim, para complementar, temos 60% da receita da companhia atrelada ao IGPM, que vem arrefecendo nos últimos meses, inclusive apresentando deflação”, completam os especialistas.
Desempenho das ações da Taesa
Cotação TAEE11