Ibovespa retoma 129 mil pontos com exterior positivo; Casas Bahia (BHIA3) lidera ganhos, B3 (B3SA3) cai e dólar recua

O Ibovespa abriu a sessão desta sexta-feira (01) próximo à estabilidade e se firmou no campo positivo ao longo da tarde, ainda que a alta seja tímida. Por volta das 15h40, o índice avançava 0,18% a 129.250 pontos.

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A primeira sessão de março na Bolsa brasileira é marcada pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB), que fechou o quarto trimestre com estabilidade, igual ao previsto, e encerrou 2023 com alta de 2,9%, inferior à mediana de 3,0% na pesquisa do Projeções Broadcast.

Os dados estimulam ganhos de algumas ações mais sensíveis ao ciclo de juros, no sentido de que reforçam as expectativas de manutenção do corte de meio ponto porcentual da Selic, que está em 11,25% ao ano.

Ao mesmo tempo, entram como vetores positivos ao principal indicador da B3 a valorização superior a 2% do petróleo, em meio à renovação das tensões no Oriente Médio, e expectativas de novos estímulos à economia chinesa. As ações da Petrobras avançavam: Petrobras ON (PETR3) sobe 0,78% a R$ 41,54 e Petrobras PN (PETR4) avança 0,87% a R$ 40,50.

Após dados de atividade com resultados divergentes na China, o minério de ferro encerrou o pregão desta sexta-feira em baixa de 1,75% em Dalian. Com isso, os papéis da Vale cedem, ainda refletindo o impasse sobre a permanência ou não do atual CEO no comando da mineradora. Já as ações de outras empresas do ramo metálico sobem. Vale (VALE3) recua 0,67% a R$ 66,63.

Casas Bahia (BHIA3) lidera os ganhos do Ibovespa com +5,86% a R$ 9,57, seguida de Embraer (EMBR3), +4,67% a R$ 25,57 e Gerdau (GGBR4), +3,63% a R$ 22,28.

Na ponta negativa, São Martinho (SMTO3) tem a maior queda com -4,24% a R$ 27,10. B3 (B3SA3) vem na sequência com -2,96% a R$ 12,45, repercutindo as notícias sobre o possível lançamento de uma bolsa de valores concorrente. Carrefour (CRFB3), -2,73% a R$ 11,76, completa a lista de piores desempenhos.

Mercado em NY

As bolsas em NY passaram a subir na tarde desta sexta-feira, com os investidores aguardando dados de atividade e digerindo os números de inflação da véspera.

Confira o desempenho do mercado em NY por volta do meio-dia:

  • Dow Jones: +0,16% a 39.059 pontos
  • S&P500: +0,64% a 5.129 pontos
  • Nasdaq: +1,07% a 16.263 pontos

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Cotação do dólar

A cotação do dólar hoje cai 0,43% a R$ 4,9503.

O dólar ajusta-se em baixa em meio à leitura dos dados do PIB brasileiro no 4º trimestre, queda dos juros dos Treasuries após desaceleração da inflação na zona do euro e valorização de commodities.

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China tem nova alta com expectativa por estímulos

As bolsas asiáticas e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira (01), com recordes em Tóquio e Sydney, enquanto a China teve nova alta na expectativa por mais medidas de estímulos e após dados de atividade manufatureira.

Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,87%, aos 129.020,02 pontos. 

Liderando os ganhos na região asiática, o índice japonês Nikkei subiu 1,90% em Tóquio, a 39.910,82 pontos, novo pico histórico, com a ajuda de ações dos setores de eletrônicos e financeiro.

Na China continental, os mercados estenderam ganhos do pregão anterior, à medida que investidores digeriram indicadores divergentes da manufatura e seguiram apostando que lideranças do país tomarão novas iniciativas de estímulos em reuniões que começam na semana que vem. O Xangai Composto teve ganho de 0,39%, a 3.027,02 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,08%, a 1.725,39 pontos.

Para analistas do HSBC, autoridades em Pequim deverão assumir uma postura fiscal mais proativa, durante as chamadas sessões plenárias anuais, e oferecer um plano mais concreto para sustentar as bolsas chinesas, que enfrentaram turbulências recentes.

No âmbito macroeconômico, pesquisa oficial mostrou que o PMI industrial chinês recuou levemente em fevereiro, a 49,1, contrariando previsão de estabilidade e permanecendo abaixo da marca de 50 que sugere contração da atividade manufatureira.

Já o levantamento da S&P Global/Caixin apontou leve aumento do PMI industrial da China no mês passado, a 50,9, driblando expectativa de queda e sinalizando expansão da atividade. Em nota a clientes, o Commerzbank ressaltou que as pesquisas têm perfis diferentes e que a leitura oficial é mais abrangente.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 0,47% em Hong Kong, a 16.589,44 pontos, mas o sul-coreano Kospi caiu 0,37% em Seul, a 2.642,36 pontos, e o Taiex recuou 0,16% em Taiwan, a 18.935,93 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana encerrou a sessão em máxima histórica, impulsionada por ações relacionadas a lítio e tecnologia. O S&P/ASX 200 avançou 0,61% em Sydney, à pontuação inédita de 7.745,60.

Bolsas da Europa operam mistas, após ganhos em NY e à espera do CPI da zona do euro

As bolsas europeias operam mistas na manhã desta sexta-feira, acompanhando parcialmente o tom positivo de Wall Street ontem, enquanto investidores avaliam dados de atividade manufatureira da região e aguardam números da inflação da zona do euro.

Confira o desempenho dos índices por volta das 08h:

Londres (FTSE100): +0,46% a 7.664 pontos
Frankfurt (DAX): +0,27% a 17.728 pontos
Paris (CAC 40): -0,29% a 7.904 pontos
Madrid (Ibex 35): +0,77% a 10.078 pontos
Europa (Stoxx 50): -0,04% a 4.875 pontos

Ontem, as bolsas de Nova York tiveram ganhos generalizados, com recorde do Nasdaq, após dados da inflação PCE dos EUA mostrarem desaceleração e virem em linha com o esperado, preservando o cenário de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá anunciar seu primeiro corte de juros em junho.

Logo mais, será divulgada prévia da inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro, e a expectativa é de manutenção da tendência de queda. Nas últimas semanas, o Banco Central Europeu (BCE) vem sinalizando que só considerará a hipótese de reduzir juros quando tiver confiança de que a inflação está se encaminhando para sua meta oficial, de taxa de 2% no médio prazo.

Rodada de PMIs mostrou há pouco que a atividade manufatureira na Europa segue em contração, mas em ritmo mais contido do que se imaginava. Na zona do euro, o PMI industrial caiu a 46,5 em fevereiro, mas ficou acima da estimativa preliminar. Os PMIs equivalentes da Alemanha (42,5) e do Reino Unido (47,5) também foram revisados para cima.

Nas próximas horas, serão publicados PMIs industriais dos EUA, além de pesquisa da Universidade de Michigan sobre confiança do consumidor americano e expectativas de inflação. Já na China, os últimos PMIs de manufatura vieram divergentes, com o oficial em queda e o não oficial em alta.

Último fechamento do Ibovespa

Ibovespa encerrou a sessão de ontem (29) em queda de 0,87%, aos 129.020,02 pontos. 

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Guilherme Serrano Silva

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