Ibovespa abre em queda, com IGP-M e PIB dos EUA no radar dos investidores; dólar sobe nesta quarta

No pregão desta quarta-feira (28), o Ibovespa, principal índice de ações brasileiras, abriu a sessão em queda de 0,34%, aos 131.684 pontos.

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No mercado local, os investidores analisam o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que apresentou deflação de 0,52% em fevereiro, enquanto os mercados globais aguardam novos dados inflacionários dos Estados Unidos.

O IGP-M caiu 0,52% em fevereiro, após alta de 0,07% em janeiro, informou nesta quarta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com esse resultado, o índice acumula queda de 3,76% em 12 meses. A queda foi maior do que a mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que apontava baixa de 0,50%. As projeções apontavam para deflação entre 0,69% e 0,10%.

A Petrobras (PETR4) iniciou sessão (10h10) com as ações preferenciais em queda de 0,16%, cotadas a R$ 42,56. Movimento similar ocorre com as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) que tem leve queda de 0,023%, a R$ 43,96.

Nesta quarta, o petróleo Brent para o mês de abril recua 0,94%, negociado a US$ 82,87 o barril. Há forte preocupação por parte dos investidores acerca do aumento nos estoques dos Estados Unidos e potenciais cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+).

A Vale (VALE3) tem queda de 1,11%, cotada a R$ 66,73. Nos mercados asiáticos, o minério de ferro negociado na bolsa chinesa de Dalian teve alta de 1,08%, cotado a US$ 123,49.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Agenda do dia

Os investidores estão na expectativa pela publicação da revisão do PIB dos EUA no 4º trimestre e do PCE no período (10h30) e por discursos de dois dirigentes do Federal Reserve: Raphael Bostic, de Atlanta, às 14h; e John Williams, de Nova York, às 14h45. A dirigente do BCE Elizabeth McCaul discursará também em evento do Fed de Nova York, às 11h.

Além disso, as reuniões do G20 em São Paulo terão nesta quarta a participação virtual do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presencial de presidentes do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto.

Sobre a pauta econômica no Congresso, o presidente Lula assinou na terça-feira (28) uma medida provisória (MP) revertendo a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e um projeto de lei será publicado no Diário Oficial. A reversão atende a acordo político firmado pelo governo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Dólar e bolsas americanas

Os índices futuros das bolsas de valores de Nova York iniciaram em queda nesta quarta-feira (28), com cautela em relação a revisão do PIB dos Estados Unidos no quarto trimestre (4T23).

  • S&P 500 futuro: -0,45%
  • Dow Jones futuro: -0,37%
  • Nasdaq futuro: -0,64%

Neste contexto, o índice dólar avança na espera dos dados econômicos norte-americano. Às 9h30, o dólar futuro operava em alta de 0,34%, cotado a R$ 4,948,50. Enquanto, o dólar a vista subia 0,38%, aos R$ 4,9524. Os juros dos Treasuries operam em baixa.

Ações na Europa

As bolsas europeias operam majoritariamente em leve baixa na manhã desta quarta-feira (28), após balanços decepcionantes de grandes empresas da região, incluindo do varejista francês Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) no Brasil.

Por volta das 6h35 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,18%, a 495,46 pontos.

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Durante a madrugada, o Casino, que passa por uma ampla reestruturação em meio ao endividamento elevado, informou que sofreu prejuízo de líquido de 5,66 bilhões de euros em 2023, múltiplas vezes maior do que a perda do ano anterior. No horário acima, a ação do varejista tombava mais de 9% em Paris.

Já em Amsterdã, o papel da ASM International caía 3,4%, após o fabricante de chips holandês revelar queda em sua receita trimestral, em balanço divulgado ontem à tarde.

Por outro lado, a Vodafone subia quase 3% em Londres, após a empresa de telefonia britânica confirmar que está em negociações avançadas para vender sua operação italiana para a Swisscom.

Logo mais, investidores na Europa vão acompanhar pesquisa sobre índices de confiança da zona do euro. Além disso, os EUA divulgam nas próximas horas revisão do Produto Interno Bruto do quarto trimestre de 2023.

Às 6h51 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,57% e a de Paris recuava 0,08%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,37%, 0,27% e 0,22%, respectivamente. Exceção, a de Frankfurt subia 0,11%.

Bolsas asiáticas fecham em queda, com temor sobre setor imobiliário chinês

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira (28) em meio a preocupações renovadas com o combalido setor imobiliário chinês.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,51%, a 16.536,85 pontos, pressionado por ações de incorporadoras. A da Country Garden Holdings tombou 6,5%, após um credor pedir liquidação judicial da companhia pelo não pagamento de um empréstimo superior a US$ 200 milhões. Do mesmo setor, os papéis da Longfor Group e da China Resources Land sofreram perdas de 7% e 4,3%, respectivamente.

Por outro lado, empresas do ramo focadas em Hong Kong avançaram após o governo do território semiautônomo aliviar restrições com o objetivo de impulsionar o setor imobiliário. Foi o caso da New World Development (+2,9%) e da Sun Hung Kai Properties (+0,65%).

Ainda entre as bolsas asiáticas, na China continental, o dia também foi negativo, com provável realização de lucros, uma vez que as bolsas locais acumularam fortes ganhos desde que retomaram os negócios após o feriado do ano novo lunar. O Xangai Composto recuou 1,91%, a 2.957,85 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda mais expressiva, de 3,79%, a 1.651,49 pontos.

Em outra partes da Ásia, o japonês Nikkei registrou baixa marginal de 0,08% em Tóquio, a 39.208,03 pontos, depois de atingir picos históricos por três pregões consecutivos, e o Taiex caiu 0,49% em Taiwan, a 18.854,41 pontos. Exceção, o sul-coreano Kospi avançou 1,04% em Seul, a 2.652,29 pontos, com a ajuda de ações de semicondutores, de defesa e da indústria automotiva.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no vermelho hoje, interrompendo uma sequência de quatro sessões positivas. O S&P/ASX 200 apresentou ligeira baixa de 0,03% em Sydney, a 7.660,40 pontos.

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (27) com uma valorização de 1,61%, aos 131.689,37 pontos. A máxima do dia foi de 131.696,37 pontos, enquanto a mínima registrada fora de 129.612,94 pontos. Já o volume de negociação diária foi de R$ 22,1 bilhões.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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Vinícius Alves

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