IRB apresenta reclamação contra Squadra por manipulação de preços

A IRB Brasil (IRBR3) protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira (10) uma reclamação contra a Squadra Investimentos.

Segundo a IRB Brasil, a gestora teria manipulado preços e seria responsável por insider trading. A acusação chega após vários dias de queda forte da resseguradora na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) após a divulgação de uma carta por parte da Squadra que apontava supostas irregularidades contábeis.

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No documento de 154 páginas a Squadra analisava o balanço da IRB, indicando como a resseguradora tivesse uma rentabilidade muito mais elevada do que a média do setor.

IRB acusa Squadra de influenciar o mercado

Em sua denúncia, a IRB indicou que a Squadra teria utilizado essa carta para influenciar os preços das ações no mercado. A gestora estaria apostando na queda através de um fundo com posições vendidas desde 2018.

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Entretanto, pouco antes da divulgação do documento, a Squadra aumentou essa posição de um terço. E isso, segundo o documento apresentado à CVM, seria uma negociação atípica de ações que configuraria “insider trading”.

Desde a publicação da carta as ações da resseguradora as ações acumularam uma queda de 26%. Somente nesta segunda-feira os papéis perderam 16,49%. No último domingo (9), a gestora publicou uma nova carta reafirmando a opinião sobre as práticas contábeis da IRB.

O novo documento, de 50 páginas, traz uma análise das informações que a própria resseguradora  tem reportado ao mercado em relação ao investimento short (vendida).

“Em nossa opinião, existem indícios que apontam para lucro normalizados (recorrentes) significativamente inferiores aos lucros contábeis reportados nas demonstrações financeiras da Companhia”, informou a carta da Squadra, “essa disparidade entre lucro contábil e lucro normalizado foi crescente durante o período e atingiu sua maior diferença nos resultados trimestrais mais recentes. Não estamos afirmando que há razões legais ou regulatórias que exijam a divulgação de tais lucros de modo diferente ao realizado pelo IRB”.

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Segundo a IRB, a Squadra não poderia publicar análises de investimentos, pois seria uma gestora recursos e não uma casa de análise.

Carlo Cauti

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