Reforma tributária pode ser aprovada em quatro ou cinco meses, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que pretende que a Casa aprove em quatro ou cinco meses a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária.

Em palestra na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o presidente da Câmara também salientou que está confiante na aprovação de um imposto sobre valor agregado (IVA) nacional na reforma tributária. Para ele, a abertura comercial do País deve ser realizada somente após tais mudanças.

Segundo Maia, primeiro é preciso reduzir as distorções que existem no Brasil, que acabam por afetar a competitividade da indústria nacional, e só depois abrir mais a economia.

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“Temos que aumentar nossa concorrência, cobrar do setor produtivo mais qualidade, mais eficiência e melhores preços. Com economia fechada, temos um ciclo vicioso… Acho que abertura precisa acontecer depois que os demais temas estejam resolvidos”, disse.

Maia considera que a aprovação do texto do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), sobre as mudanças tributárias, será mais complicada que a da reforma administrativa. No entanto, acredita que, se ela passar pelo Congresso, haverá um onda de antecipação de investimentos, reforçando a retomada da economia brasileira.

Reforma tributária na mira da Câmara

Maia reforçou um discurso de que é necessário que a Câmara “se comunique com a sociedade, até porque já começaram algumas campanhas com informações falsas sobre a PEC 45, do deputado Baleia, que é a base do nosso trabalho”.

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“Esperamos vê-la aprovada nos primeiros quatro, cinco meses do ano na Câmara. Ela será decisiva. Tenho me esforçado pessoalmente… estou confiante que vamos conseguir criar um IVA nacional com transição de 10 anos e isso vai antecipar a decisão de investimentos de forma muito rápida”, disse.

Além disso, quando perguntado, o político criticou de forma discreta a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, feita na última sexta-feira (7), quando o ministro comparou funcionários públicos a parasitas.

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Por mais que tenha adotado um discurso na linha do chefe da pasta econômica, concordando que os servidores se tornaram uma classe com muitos privilégios, Maia disse que a afirmação de Guedes não contribui e gera conflitos.

“Todos devem ser tratados com muito respeito, porque o enfrentamento feito com termos pejorativos, que geram conflito, nos atrapalham no nosso debate”, disse em meio às discussões sobre a reforma tributária e administrativa.

Jader Lazarini

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