Hapvida (HAPV3) anuncia programa de recompra de até 200 milhões de ações
O conselho de administração da Hapvida (HAPV3) aprovou um novo programa de recompra de até 200 milhões de ações, de acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira (15).
A iniciativa, segundo a maior operadora de plano de saúde do Brasil, tem como objetivo maximizar a geração de valor para os acionistas, por meio de uma administração eficiente da sua estrutura de capital. O novo programa de recompra de ações da Hapvida é válido pelo período de 18 meses.
Programa anterior da Hapvida
Em maio de 2022, o colegiado da Hapvida havia aprovado um programa de recompra de até 400 milhões de ações, com duração de 18 meses.
Na ocasião, a empresa disse que a iniciativa refletia o incremento do número de ações em circulação após a incorporação da NotreDame, que aumentou substancialmente a base acionária e o limite de manutenção de ações em tesouraria.
Hapvida (HAPV3): Após derrocada de 25%, Itaú BBA recomenda compra das ações
Após uma derrocada de 25% somente em trinta dias, os analistas do Itaú BBA destacaram sua recomendação de compra para as ações da Hapvida (HAPV3).
Os analistas do BBA destacam que as recentes comunicações da Hapvida foram no sentido de transmitir a mensagem de que o foco de 2024 será a integração das operações da NotreDame Intermédica em São Paulo – o que envolve consolidar o sistema de operações e implementar protocolos.
O preço-alvo da casa é de R$ 6 por papel HAPV3, ao passo que as ações são negociadas a cerca de R$ 3,40 atualmente.
“Em nossa avaliação, a abordagem cautelosa da empresa para minimizar possíveis interrupções entre A base de beneficiários do NDI levou ao adiamento de alguns ajustes nas operações no Sudeste, como novas mudanças na rede de atendimento”, diz a casa.
Os analistas reconhecem a frustração do consenso de mercado em relação aos resultados adiados da empresa, mas observam que o mau desempenho acumulado no ano excede o impacto da recente comunicação sobre revisão de lucros.
“Além disso, acreditamos que a implementação gradual de ajustes para preservar a base de beneficiários alinha-se com uma perspectiva de longo prazo, que apoiamos naturalmente”, conclui o BBA.
BTG vê cenário desafiador para setor de saúde, mas elege suas favoritas
Neste contexto, o banco mantém as ações da Hapvida como suas preferidas para o setor.
“A Hapvida reconhece que a integração do sistema com o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) será um grande desafio este ano, mas o processo já está em andamento e está sendo implementado gradualmente para minimizar interrupções para os beneficiários”, explica o BTG.
Segundo o banco, a empresa está focada em limitar a rotatividade, então não é esperado fazer ajustes na rede até pelo menos junho. Dessa forma, a Hapvida busca direcionar a discussão para a melhora da sinistralidade (MLR) no longo prazo.
“O objetivo é alcançar um MLR de 68% e uma margem Ebitda de 15%, mas eles não querem estabelecer um prazo específico”, afirma o BTG, que recomenda compra das ações da Hapvida.
No setor, o BTG também recomenda compra das ações da Rede D’Or (RDOR3), Viveo (VVEO3) e Oncoclínicas (ONCO3). No caso da Rede D’Or, os analistas avaliam que a administração continua tendo melhorias graduais em 2024, em vários aspectos. No negócio hospitalar, a rede pretende abrir até 500 leitos operacionais este ano, com potencial para melhorias nas margens.
Por sua vez, segundo o BTG, a Viveo (VVEO3) expressou confiança em seu plano de 2024, que visa colocar a lucratividade e a geração de caixa de volta aos trilhos, embora o 4T23 e o 1T24 devam ser difíceis. Já a Oncoclínicas espera, em 2024, expansão da margem de 100-150bps e lucro líquido próximo ao consenso, cerca de R$ 390 milhões.
Desempenho da Hapvida
Os papéis da Hapvida (HAPV3) encerraram a sessão desta quinta-feira (15) em alta de 0,88% a R$ 3,45.