Ânima (ANIM3) é top pick do BTG no setor de educação, que vê ciclo robusto de admissão; entenda

O BTG Pactual avalia que as empresas do setor de educação deverão ter uma melhoria gradual, mas ainda enfrentarão inúmeros desafios em 2024. No setor, como preferida, o banco escolheu a Ânima (ANIM3).

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“As empresas de educação indicaram um robusto ciclo de admissão no primeiro semestre de 2024 até agora, impulsionado pela divulgação antecipada dos resultados do Enem“, comentam os analistas.

Segundo o BTG, a Ânima está confiante em entregar resultados fortes no 4T23. Apesar de esperar um aumento na dívida líquida, a alavancagem deve cair devido à expansão sólida do Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Para 2024, a expectativa é que a empresa continue disciplinada em relação a preços, custos e alavancagem.

O banco mantém recomendação de compra para Cruzeiro do Sul (CSED3) que, segundo a administração, deve ter as receitas líquidas acima da inflação novamente este ano, refletindo melhores volumes e um leve aumento no ticket médio.

Sobre a Vitrus, a recomendação também é de compra, na espera de melhor liquidez e redução dos custos neste ano. Além disso, as impressões iniciais do ciclo do primeiro semestre apontam para outro round de robusto crescimento de admissão. 

Para a Cogna (COGN3), o banco espera que as receitas cresçam em um dígito alto durante o ciclo de admissão do primeiro semestre de 2024. “A administração está confiante sobre novas oportunidades no canal B2G (soluções para o setor público), e o crescimento no negócio principal deve permanecer estável, apoiado por ligeiros ganhos de margem”, explica o BTG. No entanto, o banco recomenda venda para as ações. 

Ânima tem lucro líquido ajustado de R$ 34,6 mi

Ânima Educação (ANIM3) apresentou, no terceiro trimestre de 2023, lucro líquido ajustado de R$ 34,6 milhões, superando os ganhos de R$ 12,9 milhões reportados no mesmo período de 2022. Assim, a companhia aumentou o resultado positivo em 168,2%.

Já o lucro bruto da Ânima chegou a R$ 637,2 milhões no período, aumento de 10,7% na base anual, enquanto a margem bruta da Ânima foi de 67,8%, ante 63,6% um ano antes.

O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Ânima veio em R$ 308,2 milhões, 9,0% superior ao terceiro trimestre de 2022, com margem Ebitda ajustada de 32,8%, aumento de 1,6 ponto percentual (p.p) sobre o mesmo período de 2022.

receita líquida da Ânima foi de R$ 940,4 milhões, 3,9% superior na comparação anual.

geração de caixa operacional da Ânima no terceiro trimestre deste ano terminou em R$ 316,4 milhões, alta de 38,6% ano contra ano, enquanto a geração de caixa livre da companhia totalizou R$ 321,0 milhões, ante R$ 127,4 milhões no mesmo trimestre do ano anterior.

Já as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 112,9 milhões no terceiro trimestre, recuo de 0,5% frente ao mesmo período de 2022.

Nos nove primeiros meses deste ano, a base de alunos total da Ânima cresceu 2,7% no ano, para 403.660 alunos. No terceiro trimestre, o crescimento foi de 0,4%, chegando a 391.031 alunos.

A captação na graduação cresceu 6,9%, para 191.511 alunos, enquanto a evasão da graduação presencial teve aumento de 2,2 pontos percentuais, para 16,2%.

“Desde sua origem, a Ânima vem se planejando seja para o curto/médio prazo do próximo semestre, seja para o ano seguinte e mais estrategicamente, para o longo prazo – sempre atenta ao futuro do setor. Cientes da importância de resultados financeiros consistentes, a companhia entrega nesse trimestre toda a segurança para que possa continuar a se dedicar à construção do futuro, ao reduzir de forma significativa sua alavancagem financeira”, informou a companhia.

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Yduqs (YDUQ3) e Ânima são as preferidas do setor de educação, segundo BBA

Em relatório, analistas do Itaú BBA pontuaram que não esperam em 2024 grandes mudanças para o setor educacional brasileiro com as tendências observadas no ano anterior. Mas os estrategistas forneceram uma perspectiva “cautelosamente otimista” e preferência pela Yduqs (YDUQ3) e Ânima (ANIM3).

“A menos que ocorram alterações regulatórias, é provável que o ensino a distância continue experimentando um sólido crescimento na captação com desempenho mais lento no ticket médio, enquanto a educação presencial pode ver uma queda nos volumes. Ainda assim manterá o ritmo com a inflação”, afirmaram os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amâncio.

No caso da Yduqs, a companhia deve continuar positiva no curto prazo, diz o Itaú. Já a Ânima ainda possui grande potencial de valorização, na visão dos analistas, principalmente na vertical médica Inspirali. Apesar da alta alavancagem financeira e dos riscos intrínsecos, a companhia está focando em ganhos de eficiência e rentabilidade.

Ainda de acordo com o Itaú BBA, mesmo com resultados favoráveis observados nos primeiros nove meses do ano passado, o banco continua com uma abordagem conservadora em relação ao setor de ensino superior no Brasil.

“Esse setor tem uma exposição elevada a mudanças regulatórias, como o programa Fies e alterações no marco regulatório do ensino a distância. Além disso, o ‘valuation’ do setor de educação já não está mais tão atrativo como no passado, o que exige uma análise mais detalhada para a escolha de ações”, acrescentaram os analistas, destacando a preferência para Yduqs e Ânima.

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Vinícius Alves

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