Cielo (CIEL3) ainda está barata, mas “entusiasmo” pelas ações agora é menor, diz BTG
O BTG Pactual reiterou a sua recomendação de compra para as ações da Cielo (CIEL3), cujo preço-alvo é de R$ 5,50 para até o encerramento de 2024.
Assim, as ações da Cielo teriam uma potencial de valorização de 11,3%, de acordo com o preço-alvo colocado pelo BTG Pactual e a cotação de R$ 4,94 ao final do pregão desta sexta-feira (2).
Embora o BTG ainda esteja otimista em relação à Cielo até o final de 2024, os analistas da casa chamam a atenção para o fato de o papel ter registrado uma valorização de 25% entre os meses de dezembro de 2023 e janeiro deste ano, o que diminui o “entusiasmo” pelas ações.
Justamente por causa dessa forte alta, o BTG decidiu tirar a ação da Cielo da sua carteira recomendada para o mês de fevereiro. Isso porque os analistas estão atentos a uma possível correção de preço, às vésperas do novo anúncio de resultados da companhia, referente ao quarto trimestre de 2023 (4T23).
Cielo ainda está barata, segundo o BTG
A expectativa é de que os resultados da Cielo sejam anunciados no dia 5 de fevereiro de 2024, próxima segunda-feira.
Mesmo com a valorização registrada nos últimos meses, a ação CIEL3 estaria barata na visão dos analistas do BTG, considerando o preço e múltiplos atuais, que também são considerados atrativos.
A observação é de que a companhia ainda tenha possibilidade de pagar mais dividendos ou distribuir recursos por meio de recompra de ações, aderindo a uma estratégia menos conservadora.
“Caso a Cielo decida aumentar seu payout e/ou adotar uma abordagem menos conservadora em seu gerenciamento de capital/caixa, mais vantagens podem surgir”, dizem os especialistas.
Isso porque a pressão em relação aos preços de seus pares se tornou um receio menor no momento, conforme enxerga Eduardo Rosman e a equipe de especialistas.
Em seu relatório, os analistas do BTG também destacam a possibilidade de a Cielo ter uma posição mais agressiva quando comparada aos seus concorrentes no gerenciamento de passivos e ativos, em virtude de ser uma empresa controlada por Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4).
“Se a Cielo precisar de uma linha de financiamento, deverá ter acesso fácil e barato”, aponta o relatório.
A recomendação de compra para ações da Cielo é mantida pelo BTG mesmo com a alta registrada recentemente, sobretudo por acreditar que a companhia ainda oferece fundamentos atrativos.