Ações chegam a cair até 12,85% e tombam na Bolsa: o que aconteceu com a Cogna (COGN3) hoje?
As ações da Cogna (COGN3) terminaram a sessão desta sexta-feira (2) em queda de 6,94%, cotadas a R$ 2,68. Na mínima do dia bateu R$ 2,51, o que representaria uma baixa de até 12,85%.
Assim, a cotação da Cogna alcançou o menor patamar de fechamento desde 8 de novembro de 2023, quando o preço de fechamento na Bolsa tinha sido de R$ 2,62.
Além de ter sido a principal baixa do Ibovespa hoje (2), as ações da Cogna tiveram uma desvalorização semanal de 11,55%.
Nesse cenário semanal, os papéis da companhia tiveram a segunda maior queda, superando apenas o desempenho de Casas Bahia (BHIA3), que caiu 17,24%.
Essa tendência de queda das ações da Cogna foi observada durante todo o mês de janeiro. A performance mensal dos papéis foi negativa em 16,33%, interrompendo a sequência positiva vista em novembro e dezembro do ano passado (+34,58% e +8,05%, respectivamente).
O que aconteceu com as ações da Cogna?
Conforme destacou Daniely Holanda, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital, a ação da Cogna é uma das que são sensíveis aos dados de juros, tendo “um forte impacto com o resultado do payroll de hoje”.
O payroll dos Estados Unidos ficou quase 90% acima do consenso do mercado, com a criação de 353 mil empregos no país em janeiro, enquanto a expectativa era de 187 mil empregos.
Mas um dos assuntos que mais repercutiram entre os investidores de ações COGN3 hoje (2) foi o rebaixamento da recomendação do banco BTG Pactual de neutro para venda.
O preço-alvo das ações da Cogna também foi diminuído em 23,5%, passando de R$ 3,40 para R$ 2,60, o que corresponderia a um preço quase 3% menor em relação ao preço de fechamento desta sexta-feira (2).
O rebaixamento da recomendação e o corte no preço-alvo aconteceu após os analistas do BTG observarem que a Cogna está “cara” em relação aos seus múltiplos.
“A empresa também está com uma dinâmica de lucros fraca e estimativas negativas para o balanço no consenso do mercado”, disseram os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim sobre a Cogna.