Petrobras (PETR4) reduz preço do querosene de aviação; saiba mais

A Petrobras (PETR4) informou nesta quinta (1º) que reduziu o preço do querosene de aviação (QAV) em 0,4%.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2022/04/Banner-Noticias-1000x325-20.jpg

Com isso, a redução do preço do querosene de aviação feita pela Petrobras acarreta em uma queda de R$ 0,014 por litro.

Antes da redução em si, rumores na imprensa já antecipavam um reajuste no combustível na casa dos 0,5%.

De acordo com a Petrobras, nos últimos 12 meses a empresa já reduziu o QAV em 30,3%.

O preço do combustível tem sido usado como argumento das companhias aéreas para que o governo auxilie o setor, que foi duramente afetado pela pandemia.

Uma reunião das aéreas com a estatal prevista para esta quinta-feira teria sido cancelada, mas a informação não foi confirmada até o momento.

Presidente da Petrobras negou que abaixaria preços no ‘canetaço’

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou em entrevista ao Estadão/Broadcast que a companhia está disposta a colaborar com o debate sobre a situação do setor aéreo no Brasil, mas que não vai baixar o preço com um “canetaço”.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop.jpg

Prates esteve presente no “Deep Dive”, evento realizado pela estatal em Nova York para investidores estrangeiros.

Segundo o presidente da Petrobras, a principal dúvida que intriga o investidor estrangeiro hoje é o risco de interferência do Estado e do governo do presidente Lula na empresa.

“Teve muita pergunta sobre eventual influência política, o fato de conviver com o governo, como é que é, se a gente recebe ordem direta ou não. Eu respondi claramente, incisivamente, expressamente, que não existe isso e que, do outro lado, existe gente que argumenta, que sou eu e os diretores”, pontuou Prates.

“É natural que as pessoas pensem que essas estatais, não só a Petrobras, são espécies de “longa manus” (executor de ordens), tentáculos do Estado. Agora, também é preciso entender que, do outro lado, tem gestores e pessoas que têm que argumentar o contrário”, completa o gestor.

Prates lembrou na entrevista que a Petrobras foi convidada a participar de um plano de ajuda do governo às empresas aéreas. Para o presidente da estatal, a Gol (GOLL4) “é uma das empresas mais tranquilas de trabalhar”, e a Latam “tem um contrato exclusivo com a Vibra (VBRR3), também tem a vida dela resolvida”.

“Quem reclama é a Azul (AZUL4), que não faz parte da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e usa a Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos) como porta-voz”, diz.

Em relação à colaboração da Petrobras para as companhias aéreas, Prates afirmou ao Estadão que não haverá mudança no preço dos combustíveis. “Nada de baixar mais preço. Abaixar artificialmente o preço representaria a Petrobras subsidiar um setor. Para isso, eu teria de ter uma ordem direta cumprindo todos os trâmites e a devida compensação financeira segundo a lei das estatais“.

“Ir lá no canetaço e dizer vamos agora baixar 15% o QAV porque a Azul pediu, a gente não pode fazer. Até porque as empresas aéreas vão ter um lucro bastante expressivo em 2023 em relação ao ano anterior”, completou o presidente da Petrobras.

Com Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Eduardo Vargas

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno