Funcionários da Petrobras aprovam greve a partir de 1º de fevereiro
Funcionários da Petrobras (PETR3; PETR4) aprovaram uma greve por tempo indeterminado que começará a partir do próximo sábado (1). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (29) pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).
De acordo com o comunicado publicado pela federação, mesmo com a greve, os funcionários da Petrobras irão “garantir o abastecimento da população durante todo o movimento grevista”. A FUP informou também que já enviou um comunicado à administração da petrolífera comunicando sobre a greve.
A greve será contra as demissões de funcionários da subsidiária Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), que será desativada, e contra o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Segundo a federação, a cláusula 26 do ACT da Araucária Nitrogenados impede a empresa de promover demissões em massa sem negociar previamente com o sindicato.
“A Petrobras anunciou a demissão sumária dos trabalhadores da Fafen-PR, que souberam do fato pela imprensa. Nem o sindicato, nem a FUP foram sequer informados sobre essa decisão arbitrária”, comunicou a federação, em nota. “A indignação da categoria com tantos abusos será convertida em luta, através de uma greve forte e coesa em todo o Sistema Petrobras”, completa a entidade.
A greve já havia sido anunciada no dia 17 de janeiro pela federação. Entretanto, na ocasião os sindicatos dos petroleiros e a FUP ainda deveriam se reunir no Conselho Deliberativo para definir os desdobramentos da paralisação.
Fábrica da Petrobras será desativada por prejuízos
A Petrobras informou que irá desativar a fábrica de fertilizantes da ANSA após tentar vender o ativo e não conseguir. Isso porque a unidade tem apresentado prejuízos desde que foi adquirida, no ano de 2013.
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A fábrica gerou um prejuízo de cerca de R$ 250 milhões entre janeiro e setembro do ano passado. As previsões para este ano estimavam que o resultado poderia superar R$ 400 milhões negativos.
“No contexto atual de mercado, a matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) está mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia)”, informou a empresa.
Além disso, a Petrobras quer sair totalmente do negócio de fertilizantes e focar apenas na exploração e produção de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas.