Coronavírus faz empresas brasileiras temerem efeitos negativos em seus negócios

Algumas empresas brasileiras que operam na China estão receosas quanto ao impacto do surto do coronavírus, que já matou 132 pessoas na China e infectou cerca de 6000. A Vale (VALE3)é uma das empresas que já restringiu a viagem de colaboradores ao país por tempo indeterminado. Além da mineradora, outras empresas que exportam para o país asiático também estão sendo prejudicadas e prevendo uma baixa na redução de vendas.

Os funcionários da Vale, que trabalham na China, estão trabalhando remotamente e não podem ir de uma unidade da empresa para outra no país asiático. A medida foi tomada por conta do surto do coronavírus.

A WEG (WEGE3), fabricante de materiais elétricos, pediu para que sejam feitas viagens de seus funcionários somente depois do dia 8 de fevereiro. As unidades da WEG na China não estão funcionando e a empresa só voltará a operar no país asiático depois do dia 8. As orientações também partiram de autoridades chinesas.

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A WEG é uma das empresas brasileiras com maior participação na China. No ano passado, a companhia abriu sua quarta unidade no país asiático. A fabricante de materiais elétricos atua na China há cerca de 16 anos.

Veja também: Coronavírus: banco prevê redução do PIB da China por conta da epidemia

A produtora de carrocerias de ônibus Marcopolo, com sede no Sul do Brasil, também é outra que possui fábrica na China. A empresa, porém, só voltará a atuar no país asiático depois do dia 10 de fevereiro.

Os administradores da empresa disseram que é cedo para saber qual o real efeito que o coronavírus terá sobre os números da Marcopolo, porém afirmaram estar em alerta pois a diminuição na circulação de pessoas deve levar a um menor consumo na região.

Coronavírus

No dia 31 de dezembro, autoridades chinesas emitiram um alerta à Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre muitos casos de pneumonia com origem desconhecida na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro, a primeira morte pelo coronavírus foi confirmada.

No dia 13 de janeiro, a primeira pessoa a ser infectada pelo vírus fora da China foi confirmada. Era uma mulher, na Tailândia, que havia voltado de Wuhan há pouco tempo. Após oito dias, os Estados Unidos confirmaram o primeiro caso no país, na cidade de Washington.

Com o aumento desenfreado de casos, a OMS corrigiu a avaliação de risco do coronavírus de moderado para alto na última segunda-feira (27).

Juliano Passaro

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