Renault anuncia Luca de Meo como novo executivo-chefe
A Renault nomeou o italiano Luca de Meo como executivo-chefe da montadora francesa. Meo ocupará o cargo do antigo diretor Carlos Ghosn. A empresa está se reestruturando após a demissão do brasileiro e toda a situação que o envolveu.
Meo foi executivo na Volkswagen e na Fiat, e assume ao cargo em um cenário turbulento da montadora. A Renault tem como objetivo conter a queda nas vendas e reparar o relacionamento com a japonesa Nissan.
Além disso, Clotide Delbos, atual executiva-chefe interina da Renault, foi nomeada como diretora-geral adjunta. Ela substituirá Olivier Murguet, que deixa a montadora após 30 anos de empresa para “desenvolver projetos pessoais”.
Fuga do Carlos Ghosn
As autoridades do Japão condenaram no início de janeiro como fuga injustificável do ex-presidente das montadoras Renault e Nissan, Carlos Ghosn, para o Líbano. Ademais, rejeitaram as acusações de Ghosn contra a Justiça japonesa.
O ex-presidente chegou ao Líbano no dia 30 de dezembro, no entanto, estava proibido de deixar o Japão, onde estava em liberdade condicional desde abril de 2019, à espera de julgamento.
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“O sistema penal do nosso país dispõe de procedimentos adequados para estabelecer a verdade nos casos e é administrado corretamente, de modo a garantir os direitos humanos fundamentais. A fuga de um réu em liberdade sob fiança é injustificável” informou a ministra da Justiça japonesa, Masako Mori.
As autoridades suspeitam que Ghosn tenha usado “meios ilegais” para deixar o país.
Renault cresce no mercado brasileiro e eleva vendas em 11,3%
Apesar do grupo apresentar queda em suas vendas, no mercado nacional a montadora anunciou que as vendas no Brasil cresceram 11,3% em 2019 em comparação com 2018. Segundo as informações do relatório anual de vendas da companhia, o resultado foi impulsionado pelo modelo popular Kwid.
De acordo com a Renault, seu market share no País cresceu 0,3 % em 2019, atingindo o recorde de 9% de todo o mercado. O Brasil é, atualmente, o quarto mais importante mercado para a Renault, atrás apenas de:
- França
- Rússia
- Alemanha
A performance positiva da montadora em território brasileiro vai contra a de outros mercados, como o chinês e de países do Oriente Médio. Em todo o mundo, de forma geral, as vendas da montadora caíram 3,4% em 2019.
A saída do mercado iraniano, em agosto de 2018, e o recuo no mercado da China, de 17,2%, impactaram os resultados. Desconsiderando o Irã, a retração das vendas seria menor, de 0,8%, segundo a Renault.