BlackRock (BLAK34) amplia lucro no 4T23 e anuncia compra da gestora de private equity GIP por US$ 12,5 bi

A BlackRock (BLAK34) divulgou que teve um lucro líquido de US$ 1,38 bilhão no quarto trimestre de 2023 (4T23), alta de 9% ante mesmo período no ano anterior. Com ajustes, o lucro por ação entre outubro e dezembro foi de US$ 9,66, acima do consenso da FactSet, de US$ 8,74. Além disso, a gestora anunciou nesta sexta-feira (12) a compra da empresa Global Infrastructure Partners (GIP) por cerca de US$ 12,5 bilhões.

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Atualmente, a GIP administra mais de US$ 100 bilhões em ativos, contando com um portfólio que inclui o aeroporto britânico de Gatwick, o Porto de Melbourne e grandes projetos eólicos offshore.

Segundo a Reuters, a compra da GIP envolve US$ 3 bilhões em dinheiro e US$ 12 milhões em ações da BlackRock, que ficará responsável pela gestão dos ativos. Com isso, a gestora de private equity deve ocupar a primeira posição em ativos alternativos, com um total de US$ 150 bilhões sob gestão. 

Com sede em Nova York, a GIP controla e opera empresas de energia, transporte, água e lixo.

A transação representa a maior compra da BlackRock desde que a gestora adquiriu a divisão de gestão de ativos do Barclays.

Cinco dos seis sócios fundadores da GIP, incluindo o CEO Bayo Ogunlesi, estão ingressando na BlackRock. Ogunlesi fará parte do conselho da BlackRock e renunciará ao cargo de diretor principal do Goldman Sachs. Ele liderará o novo grupo de infraestrutura da BlackRock.

A expectativa é de que o negócio seja fechado no segundo ou terceiro trimestre e, em seguida, a BlackRock criará um setor distinto de Global Infrastructure Partners que combina a empresa adquirida com as equipes de infraestrutura existentes da BlackRock.

Os crescentes déficits de governos aumentam a necessidade de financiamento privado de grandes projetos de infraestrutura, e os subsídios podem tornar os investimentos atrativos, disse o diretor financeiro da BlackRock, Martin Small.

A BlackRock preferiu adquirir a GIP em vez de uma empresa de aquisição de capital privado mais tradicional, em parte devido à crença de que os melhores retornos do capital privado da era da taxa de juros zero ficaram para trás, disse Small.

A BlackRock anunciou ainda que incorporará seus negócios de ETF e índices em toda a empresa com a criação de um novo negócio estratégico de soluções de produtos globais.

BlackRock amplia lucro no 4º trimestre de 2023, para US$ 1,38 bilhão

Quanto à receita trimestral, a maior gestora de ativos do mundo teve avanço de 7% em comparação a um ano antes, a US$ 4,63 bilhões. O lucro líquido da BlackRock foi de US$ 1,38 bilhão no quarto trimestre de 2023 (4T23), alta de 9% na base anual. 

Enquanto isso, pela segunda vez na história, os ativos sob gestão da empresa ficaram acima de US$ 10 trilhões, registrando alta de 16% comparada ao mesmo período de um ano antes.

Na esteira da alta nos ativos sob gestão, a BlackRock aumentou seu dividendo trimestral em 2%, passando de US$ 5 por ação para US$ 5,10 por ação.

Maiores bancos ampliam valor de mercado 

Segundo levantamento da consultoria GlobalData, o valor de mercado dos 25 maiores bancos globais cresceu 11,1% no quarto trimestre de 2023.

“A diminuição das preocupações com as subidas das taxas de juros reacenderam, consequentemente, o apetite ao risco dos investidores, resultando em um aumento notável no valor das ações dos bancos norte-americanos”, afirma em nota Murthy Grandhi, analista de perfis de empresas da GlobalData.

Veja a seguir a lista dos dez maiores bancos:

  • J.P. Morgan (US$ 491,8 bilhões)
  • Bank of America (US$ 266,5 bilhões)
  • Industrial and Commercial Bank of China (US$ 238,1 bilhões)
  • Wells Fargo (US$ 178,7 bilhões)
  • Agricultural Bank of China (US$ 175,6 bilhões)
  • Bank of China (US$ 169,8 bilhões)
  • HDFC Bank (US$ 1560, bilhões)
  • HSBC (US$ 155,9 bilhões)
  • Morgan Stanley (US$ 153,1 bilhões)

Na lista da GlobalData, aparecem cinco bancos brasileiros entre os 100 maiores do mundo: Itaú (ITUB4), no 31º lugar (US$ 63,4 bilhões); Bradesco (BBDC4), em 59º lugar (US$ 35,5 bilhões); Banco do Brasil (BBAS3), no 61º lugar (US$ 32,7 bilhões); BTG (BPAC11), 64º lugar (US$ 32,5 bilhões); e Santander Brasil (SANB11), no 79º lugar (US$ 24,8 bilhões).

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BlackRock anuncia demissão de 3% da força de trabalho global

A BlackRock demitirá cerca de 3% de sua força de trabalho global, anunciaram o CEO Larry Fink e o presidente Rob Kapito em um memorando aos funcionários na última terça-feira, 9.

“Enquanto nos preparamos para 2024 e para este cenário muito emocionante, mas distintamente diferente, as divisões de toda a empresa desenvolveram planos para realocar recursos”, dizia o memorando, sem dar mais detalhes sobre quem faria parte das demissões da BlackRock.

Os cortes na BlackRock totalizariam cerca de 600 funcionários, com base na força de trabalho da empresa. As demissões não se concentram em nenhum time ou divisão, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.

De acordo com o memorando, a BlackRock espera ter uma força de trabalho maior até o final de 2024, após adicionar algumas de suas áreas de crescimento, que incluem o negócio de fundos negociados em bolsa, mercados privados, serviços terceirizados de CIO e o software Aladdin da empresa. Fonte: Dow Jones Newswires.

Com Estadão Conteúdo

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Vinícius Alves

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