Cosan (CSAN3) e Nuveen lançam joint venture no mercado de terras agrícolas, diz jornal

Com o foco voltado para o mercado de terras agrícolas, a Cosan (CSAN3) está criando uma joint venture com a Nuveen Natural Capital. A operação foi aprovada pelo Cade nesta segunda-feira (8).

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A união comercial da companhia de Rubens Ometto com a gestora americana, subsidiária da Teachers Insurance and Annuity Association of America (TIAA), será representada pela Radar Gestão Investimentos com o objetivo de realizar uma gestão conjunta de terras agrícolas e ativos florestais localizados na América Latina. Cada uma das partes será responsável por 50% do business.

A Radar, vertical da Cosan já existente, responsável pelas terras do grupo, será incorporada na negociação. Assim, os campos de cana-de-açúcar, grãos e eucalipto da CSAN3, de 315 mil hectares, assim como os 170 mil hectares de eucalipto da Nuveen, na América Latina, serão parte do desenvolvimento da joint venture.

Segundo o despacho de aprovação da operação, publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União, “a Radar Gestora, atualmente uma empresa não-operacional detida de forma integral pela Cosan, será formada a partir da contribuição de determinados ativos das Requerentes”, diz o parecer.

De acordo com a publicação do InfoMoney nesta segunda-feira (8), a nova empresa terá sob seu guarda-chuva ativos avaliados em mais de R$ 18 bilhões, sendo R$ 14,6 bilhões das terras da Cosan, e mais R$ 4 bilhões da Nuveen, administrados pelo fundo em regiões do Brasil, Chile, Uruguai, Colômbia e Panamá.

Para os dois lados, o negócio interessa, seja pela administração ativa do portfólio da Cosan, enquanto que a Nuveen pode expandir a carteira de terras do fundo.

Segundo o Cade, a empresa americana atualmente é gestora de propriedades rurais detidas pela Cosan, pela TIAA e demais investidores.

“Após a operação, a gestão de ativos de propriedades rurais localizadas na América Latina será aportada para a Radar Gestora, que passará a ser controlada conjuntamente pela Cosan e pela Nuveen”, informou o documento do DOU.

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Parceria da Cosan (CSAN3) e TIAA, controladora da Nuveen

A união da gestora norte-americana com a companhia piracicabana de terras agrícolas não é novidade. Na gestão de áreas, as duas marcas já se encontraram em outras parcerias e a partir de 202 esperam acelerar os negócios.

Com a queda das commodities, o cenário finalmente parece ser positivo para o mercado de terras, que vinha caminhando a passos árduos desde a pandemia e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A alta dos produtos no período da covid-19 havia abalado os produtores, que não conseguiam honrar compromissos com os valores na alta. Com a perspectiva de mais terras disponíveis para serem arrendadas nos próximos meses, o mercado começa a enxergar um ano mais positivo à frente.

Ainda no final de dezembro, um relatório do BTG Pactual reforçou uma visão otimista para a Cosan (CSAN3) em 2024. Sinalizando “compra” para as ações, os analistas afirmaram que a empresa está entre as “Top Picks para 2024, baseada na confiança crescente na geração de caixa esperada de suas principais subsidiárias. Isso, combinado com a expectativa na queda da taxa de juros, vai contribuir para a desalavancagem da holding”, disse o relatório.

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Camila Paim

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