Oferta da Petrobras pelo BNDES pode chegar a R$ 23,5 bi, diz Montezano

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, disse que a oferta pública de ações da Petrobras pode chegar a um total de R$ 23,5 bilhões e o banco tem uma oferta base de R$ 19,6 bilhões. Segundo o executivo, o valor só irá depender da demanda do mercado. A fala foi proferida no evento econômico realizado em Davos, na Suíça, nesta quarta-feira (22), onde o Suno Notícias está presente para a cobertura.

“O valor corresponde a 9,86% do capital votante da Petrobras e a, praticamente, toda participação detida hoje pelo BNDES”, confirmou o executivo.

Montezano afirmou que a oferta de ações que o banco irá realizar da Petrobras é a continuação da estratégia de desinvestimento do banco, que está sendo feita há alguns meses.

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“Petrobras é a continuação de uma estratégia de desinvestimento que a gente já vem há alguns meses pautando. Só relembrando, em dezembro colocamos a operação da Marfrig, em janeiro fizemos a operação da Light e no dia 5 de fevereiro teremos a precificação da Petrobras”, disse Montezano.

Para onde será destinado os recursos obtidos na oferta?

O presidente do BNDES disse aos jornalistas que o dinheiro arrecadado tem somente “uma vinculação atrelada”. “O banco hoje paga 60 % do seu lucro liquido como dividendos a União. Como esta é uma operação que gera o lucro contábil, dado que a ação esta marcada a um posto histórico mais baixo, esse lucro vai ser acumulado no lucro recorrente do semestre e vai ser distribuído para o acionista quando a gente fechar o balanço do semestre”, explicou Montezano.

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Sobre a possibilidade do banco transferir parte do dinheiro arrecadado na oferta da Petrobras para o Tesouro, Montezano afirmou que o banco transfere os recursos de outras formas como por meio do imposto de renda, contribuição e dividendos.

O presidente do BNDES também falou um pouco sobre as reformas e disse que elas “potencializam muito a perspectiva para o futuro da economia do Brasil”. Para ele, neste ano, a agenda deve se preocupar com a reforma do saneamento, o pacto federativo, a reforma administrativa e também a tributária.

Juliano Passaro

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