Radar: analistas veem dividendos de Banco do Brasil (BBAS3) atraentes, Engie (EGIE3) vai pagar JCP milionário e Bradesco (BBDC4) tem data para reincorporar Next
Em relatório destacando o patamar de Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) relativamente atraente de companhias brasileiras ante pares internacionais, os especialistas do Itaú BBA citaram as ações do Banco do Brasil (BBAS3) como uma das mais recomendadas.
Além das ações do Banco do Brasil, os especialistas destacaram os papéis da CPFL (CPFE3), Direcional (DIRR3), Prio (PRIO3), Petrobras (PETR4) e Randon (RAPT4).
No seu relatório, o BBA destaca os papéis da CPFL como os mais atrativos neste contexto com aproximadamente 30% de ROE e mais de 10% de rendimentos de dividendos.
Logo em seguida, chama atenção para Direcional, com ROE superior a 20% e que negociada com cerca de 7 vezes a relação entre o preço sobre lucro (P/L), e os papéis BBAS3 e a Randon que apresentam cerca de 15% de ROE e negociam a 7 vezes o P/L.
“O Brasil tem um dos melhores ROEs entre os Mercados Emergentes, tanto em termos de estimativas médias de retorno de 5 anos quanto estimativas do consenso para os próximos dois anos. As estimativas de consenso sugerem um ROE de 18,1% para o Brasil no próximo ano, um pouco acima da média de 17,6% em cinco anos”, diz a casa.
“Aprofundando as tendências do setor e sua contribuição para os números consolidados, podemos perceber que os nomes ligados às mercadorias têm liderado o caminho (embora haja preocupações sobre a sua sustentabilidade)”, segue.
Os analistas ainda observam que, quando comparado com seus pares emergentes, o Brasil também tem desempenho acima da média retornos nos serviços públicos e financeiros, bem como nos setores de energia e materiais.
“Por outro lado, o retorno parecem estar abaixo da média em cuidados de saúde, produtos básicos de consumo e serviços de comunicação”.
Além de Banco do Brasil, confira outros destaques desta segunda-feira:
Engie (EGIE3) vai pagar R$ 145 milhões em JCP; veja quem poderá receber
- A diretoria executiva da Engie (EGIE3) aprovou um novo pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), no valor de R$ 145 milhões.
- Conforme comunicado nesta segunda-feira (18), os JCP da Engie equivalem a R$ 0,17771181551 por ação e se referem ao período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2023.
- Os novos proventos serão pagos em 31 de dezembro de 2023, sendo destinados apenas aos investidores comprados nas ações da companhia até 21 de dezembro de 2023, considerando a base de dados cadastrais presentes no Itaú Unibanco (ITUB4).
- Por essa razão, as ações da Engie vão ser negociadas como ex-juros sobre capital próprio a partir de 22 de dezembro de 2023. Os papéis adquiridos a partir desta data não terão direito aos proventos.
JCP da Engie
- Valor: R$ 145.000.000,00
- Valor por ação: R$ 0,17771181551
- Data de corte: 21 de dezembro de 2023
- Data de pagamento: 31 de dezembro de 2023
- O valor dos juros sobre capital próprio ainda estará sujeito ao imposto de renda na fonte de 15%, com exceção dos acionistas que comprovarem ser imunes ou isentos.
- Os acionistas imunes ou isentos devem apresentar uma prova de imunidade até o dia 22 de dezembro de 2023, na sede da Engie.
- Os investidores residentes ou domiciliados em país que não tribute a renda ou que a tributação seja feita com uma alíquota máxima inferior a 20%, a taxa referente ao imposto de renda na fonte vai ser de 25%.
- Os juros sobre capital próprio da Engie, líquidos do imposto de renda na fonte, vão ser imputados aos dividendos obrigatórios do exercício de 2023.
Bradesco (BBDC4) vai concluir reincorporação do Next na virada para 2024
- O Bradesco (BBDC4) deve concluir a reincorporação do banco digital Next na virada de 2023 para 2024.
- Segundo o presidente do banco, Marcelo Noronha, na prática, os aplicativos do Bradesco e do Next se tornarão um só, mas com marcas diferentes, o que significa que serão atualizados de forma sincronizada a partir de então.
- “Ainda estamos na incorporação do Next, que termina na virada do ano. O Digio continua independente”, afirmou Noronha em almoço com jornalistas nesta segunda-feira, 18.
- Segundo ele, ao reavaliar a atuação de suas marcas digitais, o Bradesco entendeu que seria mais eficiente manter o Next como um segmento de atendimento do banco do que como uma operação separada, como se planejava antes.
- De acordo com Noronha, mesmo apartado, o Next já rodava junto com os sistemas do Bradesco. Com a incorporação completa, será possível ampliar a oferta de produtos e serviços do banco digital.
- “Vamos ofertar conjunto de produtos e serviços bem mais amplo no Next sem novos investimentos.”
- Neste ano, além de reincorporar o Next, o Bradesco encerrou a carteira digital Bitz, que havia lançado em 2020.
- Os clientes do Bitz foram remetidos ao Digio, que possui operação separada e foco em outros segmentos de público, como a baixa renda, além de acordos com empresas como a Uber, que oferece contas digitais aos motoristas.
Cosan (CSAN3) vai emitir R$ 3,2 bilhões em debêntures
- A Cosan (CSAN3) fará uma emissão de debêntures da ordem R$ 3,289 bilhões, conforme comunicado ao mercado divulgado nesta segunda-feira (18).
- Com isso, serão emitidas 32,8 milhões de debêntures da Cosan, com valor unitário nominal de R$ 100.
- Conforme destacado pela companhia, a Data de Liquidação das Debêntures será no dia 22 de dezebro.
- Já a Data limite para a disponibilização do Anúncio de Encerramento será no dia 19 de junho de 2024.
- O Banco Santander (SANB11) atuará como coordenador líder da ofertas.
- Vale destacar que a oferta de debêntures da companhia é destinada exclusivamente a Investidores Profissionais.
- “A Oferta não estará sujeita à análise prévia da CVM e será realizada sob o rito de registro automático de distribuição, nos termos dos artigos 25 e 26, inciso IV, alínea “a”, da Resolução CVM 160, por se tratar de oferta pública de debêntures não-conversíveis em ações”, destaca a empresa.
Do Banco do Brasil ao Bradesco, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.