Ibovespa: segunda prévia da carteira tem volta da Casas Bahia (BHIA3) e inclusão da Isa Cteep (TRPL4); veja detalhes
Nesta segunda-feira (18), a B3 (B3SA3) divulgou a segunda prévia da carteira teórica do Índice Bovespa, válida para o intervalo de janeiro a abril de 2024. Ela inclui Isa Cteep (TRPL4) e não exclui nenhuma ação. O papel da Cteep entra com peso de 0,417%.
Na primeira prévia, houve a exclusão da Casas Bahia (BHIA3). Porém, a varejista realizou grupamento de ações com a finalidade de permanecer no índice. Dessa forma, com as ações agrupadas, a empresa voltou a compor as prévias.
Os cinco ativos que apresentam o maior peso na composição do índice são:
- Vale (VALE3): 14,152%
- Petrobras (PETR4): 7,205%
- Itaú Unibanco(ITUB4): 7,005%
- Petrobras (PETR3): 4,100%
- Bradesco (BBDC4): 3,996%
A B3 realiza de forma regular a divulgação de três prévias referentes às novas composições dos índices. A primeira é apresentada no primeiro pregão do último mês de vigência da carteira em vigor. A segunda prévia é divulgada no pregão subsequente ao dia 15 do último mês da vigência da carteira em vigor. Já a terceira prévia é disponibilizada no penúltimo pregão de vigência da carteira em vigor – ou seja, agora em dezembro.
De acordo com a B3, a composição das carteiras do Ibovespa B3 e dos demais índices de ações calculados pela bolsa do Brasil é revisada a cada quatro meses, em janeiro, maio e setembro, com a possibilidade de entrada e saída de empresas de acordo com a metodologia de cada índice.
Ibovespa pode chegar a 160 mil pontos em 2024, diz Santander
Em relatório, o Santander projeta que o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, pode chegar a 160 mil pontos até o fim de 2024, apoiado pela flexibilização monetária local e americana.
O banco lembra que em junho de 2023 já projetava um mercado altista para as ações brasileiras, apoiado no ciclo de flexibilização das taxas de juros no Brasil. “Desde então, o Ibovespa subiu 15%, mas ainda vemos espaço para uma recuperação mais forte com Ibovespa atingindo 160 mil pontos até o final de 2024″, diz o Santander.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a quarta redução consecutiva da Selic, que chegou a 11,75%. A diminuição dos juros era aguardada de forma consensual pelo mercado e os membros do comitê anteveem cortes da mesma magnitude nas próximas reuniões.
“Nossa visão positiva é baseada em um ciclo de flexibilização contínua do Banco Central (BC), com a taxa Selic atingindo 9,5% até o final de 2024, além da probabilidade crescente de uma aterrisagem suave na economia dos EUA, o que poderia levar o Fed a cortar as taxas na segunda metade do ano que vem”, explica o Santander.
Visão do Santander sobre os setores da economia para 2024
Em relação aos setores, a equipe de analistas do Santander tem uma visão positiva sobre bancos, varejo e bens de consumo, utilities, construção civil e transportes.
Já em relação ao setor financeiro não-bancário, bens de capital, educação, saúde, petróleo e gás, papel e celulose, mineração, teles e tecnologia e alimentos e bebidas, a visão é neutra.
Por sua vez, a visão do Santander para os setores petroquímico e siderúrgico é negativa.
“Em nossa opinião, o pior crescimento do lucro por ação ficou para trás. Depois de cair cerca de 20% em 2023, esperamos ver os lucros recuperarem 15% em 2024, com a maior parte da recuperação liderada por nomes nacionais”, afirmam os analistas Aline Cardoso, Luane Fontes e Guilherme Bellizzi Motta.
Santander lista alguns riscos para o Ibovespa em 2024
Para o banco, alguns riscos podem inviabilizar a tese positiva para o Ibovespa em 2024. Entre elas, estão as pressões inflacionárias mais fortes e duradouras nos Estados Unidos, o que pode fazer com que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) opte por um aperto monetário ainda mais rigoroso.
No caso do Brasil, o Santander alerta que uma política fiscal expansionista no Brasil também pode segurar os ganhos na bolsa, citando uma possível “perda mais ampla de credibilidade no processo de consolidação e ancoragem fiscal, causando a deterioração das condições financeiras”.
Além disso, o banco acredita que uma “severa desaceleração global pode impactar os preços das matérias-primas”
No mercado de balcão, as novas emissões de renda fixa aumentaram 2,2% na comparação anual, atingindo R$ 1,415 trilhão. O estoque cresceu 15,2%, alcançando R$ 6,110 trilhões.
Veja os melhores setores do Ibovespa para investir em 2024
2023 ficará marcado por um período de início dos cortes nas ainda altas taxas de juros, além de um menor fluxo dos investidores na Bolsa na maior parte do ano, o que acabou impactando diversos segmentos. No entanto, a partir de agora, o mercado financeiro já começa a especular quais os melhores setores para investir em 2024 no Ibovespa.
João Daronco, analista CNPI da Suno Research, listou três desses setores que merecem atenção especial do investidor.
Em terceiro lugar, está o setor de bancos e seguradoras, que pode ser um bom investimento para 2024 principalmente devido à manutenção de um patamar ainda elevado de taxa de juros. “Isso beneficia em partes as seguradoras, por causa do seu resultado financeiro. Os bancos conseguem captar preço e custo menores e há um spread financeiro interessante”, afirma.
Daronco chama a atenção para uma característica interessante do segmento bancário do Ibovespa, a distribuição de lucros: “Os bancões distribuem parte dos seus lucros via dividendos ou juros sobre capital próprio (JCP). Entretanto, não é todo lucro que eles distribuem, somente uma parte – a outra parte é utilizada para crescimento de carteira de crédito, serviços, por exemplo”.