OCDE: Governo criará secretaria para agilizar ingresso do Brasil

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse, nesta quinta-feira (16), que o governo federal criará uma secretaria especial para tornar mais rápido o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A função da nova secretaria será melhorar a relação do Brasil com os países membros da OCDE. Segundo Lorenzoni, um decreto para a criação do órgão será publicado até a próxima segunda-feira (20). A secretária será comendada pelo sub-chefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais na Casa Civil, Marcelo Gomes.

“A função dela [secretaria] é poder melhorar nossa relação com o organismo internacional, com países membros que sejam mais fortes dentro da OCDE, buscar cada um dos passos de acreditação para que o Brasil, no mais curto espaço de tempo, possa ser membro desse time, que é o time que vence no mundo”, disse o ministro.

Lorenzoni explicou que para que um país possa ingressar na OCDE são exigidos 245 instrumentos legais, sendo que dois deles não se aplicam ao Brasil. Até o momento, o País já aderiu a 81 destes instrumentos. Além disso, o ministro disse que a acessão leva cerca de três anos.

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A decisão anunciada pelo ministro acontece após o governo dos Estados Unidos informar, na última terça-feira (14), que o ingresso do Brasil na organização é uma prioridade.

EUA apoiam Brasil na OCDE no lugar da Argentina

O anúncio de que os Estados Unidos considera como prioridade o ingresso do Brasil na OCDE faz com que o País ocupe a vaga que era da Argentina na fila de postulantes a entrar na organização de países ricos.

Em março do ano passado, o presidente norte-americano, Donald Trump, havia afirmado na presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, que apoiava a entrada do Brasil na organização.

Saiba mais: EUA apoiam Brasil para entrada na OCDE no lugar da Argentina

No entanto, meses depois, uma carta do Secretário de Estado, Mike Pompeo, se tornou pública e no documento dizia que os EUA apoiariam somente os pedidos de acesso da Argentina e da Romênia.

“Os EUA querem que o Brasil se torne o próximo país a iniciar o processo de adesão à OCDE. O governo brasileiro está trabalhando para alinhar suas políticas econômicas aos padrões da OCDE enquanto prioriza a adesão à organização para reforçar as suas reformas políticas”, informou a embaixada dos EUA em Brasília.

Giovanna Oliveira

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