ANP: Diretor-geral pede para antecipar fim de seu mandato

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, enviou nesta quarta-feira (15) uma carta ao presidente Jair Bolsonaro em que decide antecipar o fim de seu mandato, que terminaria em dezembro de 2020. Oddone afirma que permanecerá no cargo até a aprovação de um substituto.

O executivo listou em sua carta diversas realizações de seu mandato na ANP, que começou em 2016, afirmando ter cumprido sua missão e de que agora uma nova fase se inicia.

“O processo de grandes mudanças no setor, do qual participei com afinco, encerrou-se com os últimos leilões e a identificação das ações necessárias para eliminar as restrições regulatórias e estimular a competição nos setores de abastecimento, de distribuição e revenda de combustíveis automotivos e de aviação, de gás de cozinha e de gás natural.”, afirmou o executivo.

Oddone também declarou: “Como o tempo dos mandatos nem sempre casa com os ciclos de mudança, acredito que seja hora de iniciar o processo de composição da diretoria colegiada que deverá aprovar as alterações regulatórias que vão sustentar as transformações que começamos a construir”.

“Diferentes desafios demandam profissionais com características distintas. Não houve alterações na composição da diretoria colegiada da ANP em 2019. No entanto, três novos diretores deverão ser nomeados em 2020.”, completou o executivo em comunicado.

Leilão da ANP

As duas empresas asiáticas Petronas, da Malásia, e QPI, do Qatar, protagonizaram a 16ª rodada de licitações de blocos de exploração de óleo e gás da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em outubro do ano passado.

Juntas, Petronas e QPI investiram R$ 3,72 bilhões na aquisição de ativos no leilão. O montante é equivalente a 43% da arrecadação da rodada, que ficou em R$ 8,915 bilhões. Esse valor total também quebrou um recorde para um leilão de concessão.

Saiba mais: Asiáticas Petronas e QPI se destacam em leilão da ANP

A Petronas investiu R$ 1,945 bilhão para ter três blocos na Bacia de Campos. Com isso, a empresa da Malásia estreou na atividade de exploração de óleo e gás no País. A empresa asiática avalia, há alguns anos, fazer aquisições no Brasil. Em abril deste ano, a empresa fez um acordo, junto a Petrobras,para obter 50% dos campos de Tartaruga Verde e Módulo III de Espadarte. O valor do acordo feito com a estatal brasileira ficou em US$ 1,29 bilhão.

Atualmente os ativos negociados pela asiática no começo do segundo trimestre produzem aproximadamente 120 mil barris/dia. Entretanto, o negócio não foi fechado ainda.

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Desde 2017, a empresa asiática buscava oportunidades em leilões da ANP. Em 2013, a petroleira até fechou um acordo com a OGX para ter 40% do campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, porém o negócio não foi adiante por uma desistência. Isso se deu devido ao fato da petroleira OGX, de Eike Batista, ter entrado em recuperação judicial.

Rafael Lara

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