Mina da Braskem (BRKM5) tem rompimento parcial em Maceió, diz Defesa Civil
Parte da mina 18 da Braskem (BRKM5), em Maceió, se rompeu por volta das 13h15 deste domingo, 10, segundo a Defesa Civil do município. Mais cedo, o órgão havia informado que houve um deslocamento vertical acumulado de 2,35 metros, com velocidade vertical de 0,52 centímetros por hora, apresentando um movimento de 12,5 centímetros nas últimas 24 horas.
Com o rompimento, a água da Lagoa Mundaú, no bairro Mutange, está entrando na mina.
Em nota, a Defesa Civil de Maceió informou que, no momento, seus técnicos estão monitorando o local em busca de mais informações.
Tanto a mina da Braskem quanto seu entorno foram desocupados devido ao risco iminente de afundamento.
De acordo com o órgão municipal, “não há qualquer risco para pessoas”.
Solo na área de mina da Braskem (BRKM5) afunda 12,5 cm em 24 horas
A Defesa Civil de Maceió informou neste domingo, 10, que a mina 18 da Braskem apresentou um afundamento de 12,5 cm nas últimas 24 horas e manteve recomendação de alerta e pedido para não circulação de pessoas na área desocupada. “O órgão permanece em alerta devido ao risco de colapso da mina nº 18, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange”, diz a nota da Defesa Civil.
O risco de colapso da mina em Mutange vem sendo feito desde o início do mês. Até 2019, a Braskem fazia a extração de sal-gema em 35 poços abertos na região. Desde então, quando foi identificado o problema, a Braskem vem assumindo um passivo de bilhões de reais para reacomodação da população que residia na região afetada, pelo risco de afundamento em decorrência de suas atividades, e para o fechamento das minas até 2025.
Nos últimos dias, o agravamento do incidente em Alagoas provocou a convocação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com a primeira sessão prevista para a terça-feira, e a retirada da empresa do índice de sustentabilidade da B3.
A fatia controladora da Braskem, detida pela Nonovor (ex-Odebrecht) está sendo vendida e possivelmente os novos eventos podem desacelerar o processo.
Na sexta-feira (8), o boletim emitido pela Defesa Civil de Maceió apontava um afundamento de 5,7 centímetros em 24 horas naquele dia, chegando a um deslocamento vertical acumula de 2,06 metros, com uma velocidade vertical de 0,23 centímetros por hora.
Na quinta-feira (7), a Braskem confirmou que recebeu do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas autuações no valor de aproximadamente R$ 72 milhões.
A Braskem diz que não divulgou um fato relevante a respeito por considerar que as autuações não representam um valor material no contexto da empresa.
(Com informações de Estadão Conteúdo)