Inflação fica acima da poupança, dólar e euro em 2019

De acordo com um estudo feito pela Economatica, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 é de 4,31%, percentual superior a rentabilidade da poupança, do dólar e do euro.

O índice que obteve o melhor retorno acima da inflação no ano passado foi o Ibovespa, registrando 26,15%, seguido do ouro com 22,81% e o CDI com 1,59%.

Em linhas nominais, o Ibovespa obteve retorno de 31,58%, o ouro de 28,1% e o CDI de 5,96%.

Poupança

A rentabilidade da poupança perdeu em quatro anos para a inflação, desde a adoção do plano real em 1994, sendo em 2002, 2013, 2015 e 2019. A poupança apresentou rentabilidade negativa descontada a inflação de 0,05% negativos em 2019. Vale destacar que o pior registro da amostra foi no ano de 2002 com uma baixa de 2,9%. Em contrapartida, o melhor registro foi em 1995 com 14,68% acima da inflação.

CDI

O retorno do Certificados de Depósitos Interbancários (CDI) descontada a inflação, no ano passado, é o pior desde o plano Real, a 1,59%. Em 1998, o CDI teve seu melhor rendimento, registrando ganho de 26,48% acima do IPCA.

IPCA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,15% em dezembro, após ter avançado 0,51% no mês anterior. Dessa forma, o principal indicador do aumento dos preços no País atingiu 4,31% em 2019, ultrapassando o centro da meta estipulada pelo governo, que era de 4,25%.

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Este foi o maior resultado do IPCA para um mês de dezembro desde 2002, quando o avanço foi de 2,10%. Em 2018, o aumento dos preços foram na ordem de 0,15%. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (10).

Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) na última segunda-feira (6), os especialistas das principais instituições financeiras do País esperavam um acumulo de 4,13% na inflação de 2019.

Veja também: IGP-M sobe 0,67% na primeira prévia de janeiro, diz FGV

Embora a pressão nos preços, sobretudo da carne, no final do ano passado, especialistas acreditam que a inflação se manterá baixa. Para o ano que vem, o Boletim Focus espera que a inflação seja de 3,60%, abaixo do centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4%.

Juliano Passaro

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