Dividendos da Engie (EGIE3) vão aumentar? Entenda
Em nova análise sobre a Engie (EGIE3), após o Investor Day da companhia, analistas do BTG Pactual destacaram a possibilidade de os proventos da companhia aumentarem proporcionalmente nos próximos dois anos.
Atualmente a casa tem recomendação neutra para as ações da Engie, com preço-alvo de R$ 44 – ao passo que os papéis EGIE3 são negociados a cerca de R$ 43 em bolsa.
A projeção para os dividendos da Engie, contudo, é de um yield de 8,8%, para o ano de 2024. A projeção representaria uma elevação no patamar de pagamento de rendimentos, dado que, segundo dados do Status Invest o dividend yield (DY) dos papéis é de 6,7% atualmente, com R$ 2,96 pagos por ação nos últimos 12 meses.
Além disso, em 2025, os especialistas esperam que a Engie ultrapasse os 9,2% de yield.
Apesar dessa projeção de um dividend yield (DY) ascendentes, os especialistas da área de research do BTG Pactual chamam atenção para o fato de que o payout da companhia deve ser reduzido para o mínimo de 55%, fruto de decisões recentes de investimento.
“A Engie nos disse que fatores como excesso de oferta estrutural, níveis saudáveis de reservatórios, perspectivas preços de energia mais baixos no curto e médio prazo e mais geração distribuída (GD) e autoprodução dissuadem os players de construir novas fábricas”, explica a casa.
“O foco continua sendo os cerca de 2GW para ser construído até o próximo ano (Santo Agostinho, Assuruá, Assú Sol), enquanto o gasoduto (1,7GW) aguardará um cenário melhor. Se agregarem valor, novas aquisições não são descartadas fora”, completa, sobre os movimentos recentes da empresa.
Mais dinheiro para aquisições da Engie, menos para dividendos
Os analistas chamam atenção para o fato de que no último mês a Engie anunciou a compra de 5 parques solares (545MW instalados capacidade), e no Investor Day a companhia ainda reiterou que seu alto nível de energia ‘contratada’, como seu investimento solar é competitivo versus o eólico, e sua capacidade de maximizar a operação dos ativos desempenho, garantindo retornos atrativos.
“Embora a Engie tenha uma meta global de 50 GW em energias renováveis até 2025 e 80 GW até 2030, sua subsidiária brasileira não está deverá ser um grande motor de crescimento aqui, e sublinhamos ao mesmo tempo a importância de investir com disciplina de capital. Eles também preveem um pagamento temporariamente menor (em 55%) para atender às necessidades consideráveis de investimentos nos próximos anos”, conclui.