Guerra comercial: vice-premiê chinês vai a Washington para assinar acordo

O vice-premiê chinês Liu He viajará a Washington na próxima semana para assinar o acordo que conclui a primeira fase da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O governo do presidente norte-americano Donald Trump adiou os aumentos de tarifas em outubro, em uma das últimas negociações sobre a guerra comercial. No entanto, as tarifas punitivas impostas anteriormente por ambas as potências permanecem vigentes, o que ameça o crescimento econômico global.

O vice-primeiro-ministro chinês vai liderar a delegação de seu país de segunda-feira a quarta-feira na capital estadunidense, segundo o porta voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng.

No acordo preliminar, segundo o jornal “The New York Times”, alguns consultores do governo dos Estados Unidos disseram que os chineses concordaram em comprar cerca de US$ 50 bilhões em produtos agrícolas americanos em 2020. Em troca, o mandatário estadunidense concordou em adiar ou cancelar a outra rodada de tarifas que estava planejada para o dia 15 de dezembro.

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No entanto, os detalhes ainda não foram anunciados e as autoridades chinesas ainda não confirmaram oficialmente o tamanho das compras, das exportações ou mudanças regulatórias.

As duas maiores potências do planeta acalmaram as tensões do mercado financeiro ao anunciar medidas conciliatórias, incluindo as postergação de aumentos tarifários planejados.

BC japonês vê riscos mesmo com trégua na guerra comercial

Haruhiko Kuroda, presidente do Banco Central do Japão, uma das maiores economias do planeta, disse que a expectativa para a econômica global melhorou ligeiramente devido ao acordo preliminar entre Estados Unidos e China na guerra comercial, mas alertou que os riscos para a recuperação do país permanecem altos.

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Embora o executivo tenha sinalizado que deverá ser mantida uma política monetária flexível, afirmou que há limites para quanto o Banco Central do Japão pode aprofundar os juros negativos já que custos de empréstimos ultrabaixos por tempo prolongado influenciam as instituições financeiras, sugerindo que não deverá ter nenhuma ampliação do estímulo no curto prazo.

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Como parte dos trabalhos para flexibilizar os efeitos colaterais de suas enormes compras de ativos, a instituição monetária central japonesa apresentou detalhes de um esquema apresentado em abril para emprestar parte de sua carteira seus fundos de índices (ETF).

“É verdade que vimos alguns acontecimentos positivos em relação aos riscos externos”, afirmou Kuroda, referindo-se a um Brexit ainda sem conclusão e ao recente progresso feito por Washington e Pequim em relação à guerra comercial.

Jader Lazarini

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