Radar: Analistas preveem queda nos dividendos da Petrobras (PETR4), Localiza (RENT3) anuncia JCP milionário e Banco do Brasil (BBAS3) tem recomendação rebaixada

Apesar dos R$ 17 bilhões em dividendos após a divulgação do seu último balanço trimestral, especialistas ainda mantêm cautela com a Petrobras (PETR4), especialmente por causa do plano estratégico que ainda será divulgado pela estatal.

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Caso o plano estratégico da Petrobras mostre US$ 100 bilhões de investimentos, a tendência é de pressionar o fluxo de caixa e reduzir o patamar de pagamento de dividendos.

“De acordo com as nossas estimativas, o rendimento esperado em dividendos ficaria abaixo dos 10% – pouco interessante para um case de commodities maduro e com uma crescente percepção de risco corporativo”, diz a Genial Investimentos.

Os analistas ainda destacam que outro ponto de atenção é a evolução do endividamento bruto da empresa que, se alcançar US$ 65 bilhões, a política de dividendos passa a ser de US$ 4 bilhões ao ano – representando cerca de R$ 1,60 por ação PETR4.

“Afirmamos categoricamente que os dividendos da Petrobras vão ser menores daqui por diante. Nossa afirmação é derivada da fórmula da política de investimentos. Se os investimentos aumentam, o volume disponível para dividendos deverá ser menor”, diz a Genial.

“É importante lembrar que investimentos em segmentos em que a empresa possui baixo expertise podem gerar frustrações não apenas na entrega, como também na possibilidade de explosões de orçamento – algo muito notório nas refinarias desenvolvidas no passado pela empresa, por exemplo”, completa.

Os especialistas ainda mencionam que a fórmula de distribuição é condicionada ao limite do endividamento bruto de US $65 bilhões.

No último trimestre, o endividamento bruto alcançou em US$ 61 bilhões.

Além de Petrobras, confira outros destaques desta quinta-feira:

Localiza (RENT3) vai pagar R$ 428,8 milhões em JCP; veja o valor por ação

  • Localiza (RENT3) vai realizar um novo pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) aos seus investidores no dia 20 de novembro de 2023, no montante de R$ 428,868 milhões, conforme comunicado nesta quinta-feira (16).
  • Os JCP da Localiza terão o valor de R$ 0,406579138 por ação, conforme aprovado pelo conselho de administração no dia 22 de setembro de 2023.
  • O pagamento dos juros sobre capital próprio só será realizado para aqueles que tinham ações da Localiza em suas carteiras até o final do pregão de 27 de setembro de 2023.
  • Assim, os papéis da empresa comprados a partir de 28 de setembro não terão direito ao recebimento dos proventos.

JCP da Localiza

  • Valor: R$ 428.868.075,25,
  • Valor por ação: R$ 0,406579138
  • Data de corte: 27 de setembro de 2023
  • Data de pagamento: 20 de novembro de 2023

Banco do Brasil (BBAS3): Safra rebaixa recomendação: “Atingiu seu pico de lucro e retorno”

  • O lucro e retorno do Banco do Brasil (BBAS3) atingiram seu pico, diz o Banco Safra. Para o Safra, o Banco do Brasil entregará crescimento limitado dos lucros em 2024 e 2025. 
  • Com essa tese, o Safra mudou a recomendação do papel da estatal, de compra para neutra. O preço-alvo é de R$ 59, um upside de 18%. Nesta quinta (16), as ações do Banco do Brasil fecharam cotadas a R$ 50,28.
  • equipe do Safra projeta um crescimento de lucro contido comparado aos concorrentes no setor privado. É estimado um lucro de R$ 37 bilhões para 2024 e de R$ 37.963 bilhões em 2025.
  • “O principal risco ascendente para os grandes bancos abrangidos pela nossa cobertura reside numa redução do custo do risco à medida que os empréstimos inadimplentes são anulados, o que poderá ser seguido por um aumento na originação de crédito não garantido”, informa o Safra em relatório.

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PagBank (PAGS34): lucro sobe 7% em um ano, para R$ 440 mi no 3T23

  • PagBank (PAGS34), ex-PagSeguro, registrou lucro líquido recorrente de R$ 440 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 7% em um ano e de 6% em um trimestre, de acordo com números divulgados nesta quinta-feira. Pelo critério contábil, o resultado da companhia foi de R$ 411 milhões, um crescimento de 8% em um ano.
  • Sob ambos os critérios, o lucro do PagBank foi o maior da história. A companhia afirma que o resultado da PagBank foi fruto de uma melhor dinâmica na operação de adquirência, com crescimento do volume capturado pelas maquininhas. Também houve contribuições da queda dos juros, que reduziu a despesa financeira, e da queda das provisões contra a inadimplência da carteira de crédito da operação bancária.
  • O diretor de Relações com Investidores, ESG, Inteligência de Mercado e Pesquisa Macroeconômica do PagBank, Eric Oliveira, afirma que a redução da despesa financeira, da ordem de R$ 100 milhões em um ano, foi a primeira em base anual desde 2021.
  • “Os juros mais baixos afetam a dinâmica de diversos setores. O aumento dos depósitos também contribui para essa desaceleração, esse decréscimo da despesa financeira”, diz ele. Como tem licença bancária, o PagBank consegue utilizar os depósitos dos clientes para conceder crédito. Os depósitos chegaram a R$ 21,6 bilhões no trimestre, alta de 11% em um ano.
  • O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização da companhia (Ebitda) encerrou o trimestre em R$ 894 milhões, um crescimento de 16% em um ano, e de 5% em um trimestre.
  • receita líquida atingiu R$ 4 bilhões, volume estável no comparativo anual. A estabilidade reflete o impacto do teto da tarifa de intercâmbio dos cartões pré-pagos, que entrou em vigor em abril, sobre as receitas de serviços bancários. Este fator foi compensado pela maior receita com maquininhas.
  • As despesas operacionais do PagBank somaram R$ 583 milhões no terceiro trimestre deste ano. O número é 5% menor que o do mesmo trimestre do ano passado, e 1% mais baixo que o do segundo trimestre deste ano.
  • O volume total de transações (TPV, na sigla em inglês) processadas pela companhia atingiu R$ 244 bilhões no trimestre, crescimento de 25% em um ano, e de 10% em um trimestre. Destes, R$ 99,8 bilhões foram processados no negócio de adquirência do PagBank, crescimento de 11% em um ano, de 8% em um trimestre.

Nubank (ROXO34) entregou boas notícias, mas já esperadas, diz BTG

  • Em análise sobre os números reportados pelo Nubank (ROXO34), especialistas do BTG Pactual destacaram que o resultado foi relativamente bom, mas o mercado já esperava números polpudos – o que foi justificado já pela queda de 4% nas negociações aftermarket em Nova York.
  • Além disso, as ações do Nubank seguem em queda na NYSE, somando um recuo de cerca de 11% desde a divulgação do resultado referente ao terceiro trimestre de 2023 (3T23).
  • “O Nubank relatou resultados muito fortes no terceiro trimestre após o fechamento, com lucro líquido de US$ 303 milhões (alta de 35% na base trimestral) e 21% ROE.. Esperávamos lucro líquido de US$ 312 milhões, 25% acima do consenso do sell-side”, destacam os analistas da casa.
  • “Acreditamos que as expectativas do buy-side já eram mais altas, provavelmente mais próximas o nosso, especialmente depois dos resultados impressionantes relatados pelo relatório brasileiro da subsidiária holding no Brasil, que só em outubro estava um pouco acima de US$ 100 milhões”, completa.
  • Com isso, apesar do ‘trimestre impressionante’, o BTG manteve recomendação neutra para os papéis da fintech, com preço-alvo de US$ 9,50, ao passo que as ações negociam a US$ 7,85.

Da Petrobras ao Banco do Brasil, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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