Natura (NTCO3) assina acordo vinculante para venda da The Body Shop; saiba mais
A Natura (NTCO3) informou nesta terça-feira (14) que assinou um acordo vinculante com a Aurelius Investment Advisory Limited, dono de negócios como a rede Lloyds Pharmacy, para a venda da Natura (Brasil) Internacional B.V, empresa holding da The Body Shop, marca inglesa de cosméticos, produtos de beleza e perfumes da fabricante brasileira.
Segundo fato relevante, a transação considerou o enterprise value de 207 milhões de libras, incluindo um potencial valor contingente (earn-out) de 90 milhões de libras. O preço de venda e o earn-out serão pagos em até cinco anos.
Ainda de acordo com a Natura, a conclusão da transação está prevista para ocorrer até 31 de dezembro de 2023 e está sujeita às aprovações regulatórias usuais.
“A transação de venda apoiará os esforços da Natura &Co para otimizar suas operações e simplificar seus negócios, além de posicioná-la para focar em prioridades estratégicas, especialmente a integração da Natura e Avon na América Latina, o modelo de venda direta e a otimização adicional da presença internacional da Avon”, destacou a companhia.
Natura &Co reverte prejuízo e registra lucro líquido de R$ 7,024 bilhões no terceiro trimestre
A Natura &Co encerrou o terceiro trimestre de 2023 com lucro líquido consolidado de R$ 7,024 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 559,8 milhões apurado no mesmo intervalo de 2022. O lucro líquido da Natura foi beneficiado pelo ganho de capital com a venda da Aesop, concluída no trimestre.
Excluindo o efeito da venda da Aesop e outros não recorrentes, o lucro líquido underlying foi de R$ 745 milhões em comparação com prejuízo de R$ 198 milhões do terceiro trimestre de 2022, impulsionado por menores resultados financeiros líquidos underlying e melhor dinâmica de impostos de renda e contribuição social.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 751,4 milhões entre julho e setembro, um avanço de 10% ante o apurado no mesmo intervalo do ano passado. A empresa também divulgou o Ebitda reportado, de R$ 490,5 milhões, valor 5,8% menor que o apurado um ano antes.
A receita líquida da Natura recuou 10,5% na mesma base de comparação para R$ 7,517 bilhões. Em seu release de resultados a empresa explica que o crescimento na Natura América Latina (+18,6% em moeda constante – CC) e tendência praticamente estável na Avon International (-2,3% em CC), foram compensados por outro trimestre desafiador na The Body shop (-13,2% em CC) e pela queda, já esperada, na Avon na América Latina.
A margem bruta consolidada da Natura foi 65,3% entre julho e setembro, 310 pontos-base maior que o mesmo período do ano passado e estável em relação ao segundo trimestre do ano.
“O desempenho da Natura &Co no terceiro trimestre manteve a tendência dos dois primeiros trimestres do ano, mostrando uma forte expansão da margem bruta e Ebitda em relação ao ano anterior, embora observado uma pequena desaceleração das receitas causada principalmente pela implementação da Onda 2 na América Latina e pela contínua tendência de queda nas vendas da The Body Shop”, destaca o CEO, Fábio Barbosa.
As despesas financeiras líquidas da Natura foram de R$ 1,065 bilhão no terceiro trimestre, comparadas a despesas de R$ 550 milhões reportadas no mesmo período do ano anterior.
A empresa encerrou o trimestre com caixa líquido (excluindo leasing) de R$ 700 milhões, comparado a uma dívida líquida de R$ 10,0 bilhões do segundo trimestre. “Conforme comunicado anteriormente, Natura &Co vendeu a Aesop por um Enterprise Value de US$ 2,6 bilhões. O fechamento ocorreu no dia 30 de agosto e os recursos permitiram que a empresa retornasse a uma posição de caixa líquido”, explica.
Desempenho das ações da Natura
Cotação NTCO3
Com informações de Estadão Conteúdo