Radar: Itaúsa (ITSA4) anuncia JCP, Magazine Luiza (MGLU3) reverte prejuízo com uma ‘ajuda fiscal’ e XP (XPBR31) divulga lucro recorde no 3T23
A Itaúsa (ITSA4) anunciou um novo pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) aos seus investidores, no valor de R$ 0,0235295 por ação, conforme comunicado nesta segunda-feira (13).
Os novos JCP da Itaúsa vão ser pagos no dia 2 de janeiro de 2024. Sobre o valor por ação será retido uma alíquota de 15% de Imposto de Renda. Assim, o valor a ser efetivamente recebido pelo investidor é de R$ 0,02 por ação.
Apenas não serão tributados aqueles investidores pessoas jurídicas que comprovarem ser imunes ou isentos. Além disso, os juros sobre capital próprio da Itaúsa serão pagos a título de antecipação do dividendo obrigatório do exercício de 2023.
Os proventos serão distribuídos aos investidores que terminarem a sessão do dia 30 de novembro de 2023 comprados nas ações da Itaúsa.
JCP da Itaúsa
- Valor por ação: R$ 0,0235295 (R$ 0,02 líquido de Imposto de Renda)
- Data de corte: 30 de novembro de 2023
- Data de pagamento: 2 de janeiro de 2024
Além de Itaúsa, confira outros destaques desta segunda-feira:
Magazine Luiza (MGLU3) reverte prejuízo e anuncia lucro de R$ 331,2 milhões no 3T23; Veja os motivos
- O Magazine Luiza (MGLU3) anunciou um lucro líquido de R$ 331,2 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), conseguindo reverter o prejuízo reportado no mesmo período do ano passado, de R$ 190,9 milhões.
- O resultado do Magazine Luiza, conforme apontado em seu novo balanço trimestral, foi apoiado principalmente pela reversão de créditos tributários.
- “Com base nos precedentes judiciais e na opinião dos nossos assessores legais, o Magalu reconheceu neste trimestre créditos tributários, referentes a períodos anteriores a 2022, no total de R$ 688,7 milhões, sendo R$ 533,1 milhões de principal e R$ 155,6 milhões de atualização monetária”, explicou o balanço do Magazine Luiza.
- Desconsiderando a reversão dos créditos tributários, o resultado do Magalu no terceiro trimestre de 2023 foi negativo em R$ 143,4 milhões, cerca de 15,7% menor que o prejuízo observado no 3T22.
- A diminuição no prejuízo aconteceu mesmo com uma receita bruta 1,5% menor no 3T23, em comparação a 3T22, chegando a R$ 10,5 bilhões. Já a receita líquida, por sua vez, apresentou uma leve queda de 2,6% na base anual, a R$ 8,5 bilhões.
- O relatório de resultados do Magazine Luiza também destacou o Ebtida ajustado da companhia, que encerrou o terceiro trimestre deste ano a R$ 487,5 milhões, cerca de 0,7% menor que o reportado em igual etapa de 2022. Por outro lado, a margem Ebitda foi de 5,7%, com ligeiro avanço anual de 0,1%.
XP (XPBR31): lucro é recorde e sobe 5,4% no 3T23, para R$ 1,087 bi; empresa anuncia dividendos
- A XP (XPBR31) anunciou lucro líquido de R$ 1,087 bilhão no terceiro trimestre deste ano, registrando um crescimento 5,4% em relação ao mesmo intervalo de 2022 e de 11% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O lucro antes de impostos (EBT, na sigla em inglês) foi para R$ 1,157 bilhão, crescimento anual de 18% e de 20% no comparativo trimestral.
- O retorno sobre o patrimônio da XP no 3T23 caiu para 22,6% no terceiro trimestre, de 24,4% no mesmo trimestre de 2022 e subiu em relação aos 22% do segundo trimestre.
- A receita bruta somou R$ 4,36 bilhões, representando um crescimento anual de 14,7% e um aumento trimestral de 17%. Tanto o lucro líquido da XP, quanto as receitas são recorde para um trimestre.
- De acordo com a XP, as receitas de varejo somaram R$ 3,2 bilhões, aumento de 23% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado e de 10% frente ao trimestre anterior. Dentro de receitas com varejo, a área de renda fixa somou receitas de R$ 718 milhões, alta de 47% em doze meses e de 24% em relação ao segundo trimestre. Renda variável da XP`teve receitas de R$ 1,131 bilhão, um aumento de 1% frente ao terceiro trimestre de 2022 e de 6% em relação ao segundo trimestre.
- Além do varejo, a área de grandes empresas e mercado de capitais foi destaque na composição da receita da XP, alcançando R$ 519 milhões, um aumento de 19% em relação ao terceiro trimestre de 2022 e de 83% frente ao segundo trimestre.
- A XP disse também que as receitas de grandes empresas e mercado de capitais refletem, majoritariamente pela retomada de emissões de crédito privado e pela melhora do ambiente de negócios do mercado de capitais no país.
Yduqs (YDUQ3): lucro cresce mais de 5 vezes e atinge R$ 93,3 milhões no 3T23
- A Yduqs (YDUQ3) reportou lucro líquido de R$ 93,3 milhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 478,2% na comparação com o registrado no mesmo período de 2022. Já o lucro líquido ajustado foi R$ 123,3 milhões avanço de 83,4% na mesma base de comparação.
- O Ebitda da Yduqs (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 453,3 milhões entre julho e setembro, um aumento de 23,1% em relação a igual intervalo do ano passado, quando a companhia reportou Ebitda de R$ 368,2 milhões. Já o Ebitda ajustado foi 14,4% maior, totalizando R$ 466,8 milhões. A margem Ebitda foi de 35%, 2,5 pontos porcentuais acima no comparativo anual, enquanto no indicador ajustado a margem foi de 36%, 0,1 p.p. maior.
- Já a receita líquida da Yduqs no 3T23 registrou crescimento de 14,2%, alcançando R$ 1,296 bilhão no terceiro trimestre de 2023 contra R$ 1,135 bilhão no resultado de um ano antes.
- “Como temos demonstrado nos últimos ciclos, a combinação entre portfólio diversificado e disciplina na execução gera uma de duas fortalezas para a Yduqs: grande resiliência nas crises ou forte alavancagem operacional em momentos de retomada econômica. Essa estratégia também nos leva a crescimento consistente no longo prazo“, comenta a companhia em seu balanço financeiro divulgado há pouco.
- Para o quarto trimestre de 2023, a empresa antecipou dados que considera positivos e prevê “crescimento na captação do ensino digital de 10% a 20%, além de aumento entre 5% e 15% no Ebitda”, frente os indicadores entre outubro e dezembro de 2022.
- Voltando ao terceiro trimestre, os segmentos Premium e Ensino Digital totalizaram 58% da receita líquida da Yduqs, e representaram no período um crescimento de 18,9% e 22,6% respectivamente.
- A companhia destaca o aumento da base de alunos da Yduqs em 11,2% no Premium, a 15,8 mil alunos e aumento de ticket médio da graduação de medicina em 4,6%, chegando a R$ 9.937,00 por mês. Já base de alunos do segmento Ensino Digital, que inclui o Vida Toda, encerrou o terceiro trimestre com um crescimento de 14,5%, alcançando um total de 1.067,3 mil alunos.
- Já o segmento Presencial registrou uma redução de 2% no número de alunos, passando para 264,6 mil, enquanto o ticket médio subiu 9,2% para R$ 711 ao mês.
- O resultado financeiro da companhia apresentou uma melhora de R$ 21 milhões em relação ao período de julho a setembro de 2022, mas ainda assim fechou o trimestre negativo em R$ 172,8 milhões.
- Já a dívida líquida da Yduqs (ex-IFRS 16) encerrou o período totalizando R$ 2,566 bilhões, com uma relação dívida líquida/Ebitda ajustado (LTM) de 1,53 vez, ante 1,89 vez de um ano antes.
Cosan (CSAN3) lucra R$ 236 milhões no 3T23, queda de 11%
- A Cosan (CSAN3) divulgou seus resultados financeiros para o terceiro trimestre de 2023 nesta segunda (13), reportando um lucro líquido ajustado de R$ 236,9 milhões, queda de 11% na base anual.
- Apesar disso, o lucro da Cosan mostram um aumento expressivo de 74% em relação ao trimestre anterior.
- A Cosan no 3T23 teve seu desempenho foi impulsionado pela performance sólida dos negócios, juntamente com melhorias no indicador do resultado financeiro. Vale destacar que esses resultados não incluem os efeitos da participação da Cosan na Vale, que neste trimestre foram positivos em R$ 351 milhões.
- Em termos não ajustados, o resultado da Cosan mostra um lucro líquido de R$ 678,8 milhões no terceiro trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 14,9 milhões no mesmo período do ano passado.
- O Ebitda ajustado totalizou R$ 5,652 bilhões, representando um aumento significativo de 37,7% em relação ao ano anterior e 27,8% na comparação trimestral.
- Esse desempenho robusto foi atribuído à forte performance operacional em todo o portfólio de negócios, segundo a administração.
- A receita líquida atingiu R$ 39,528 bilhões, refletindo uma redução de 9,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, em comparação com o trimestre anterior, houve uma variação positiva de 14,6%.
- A Cosan destacou que esse resultado foi influenciado pelo resgate parcial antecipado de US$ 250 milhões do Senior Notes 2027 e pela amortização da primeira parcela de R$ 580 milhões da primeira emissão de debêntures da Cosan Logística.
Raízen (RAIZ4): Lucro salta de R$ 1 milhão para R$ 181 milhões
- A Raízen (RAIZ4) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 181,3 milhões financeiro no segundo trimestre do ano-safra 23/24, conforme balanço divulgado nesta segunda-feira (13).
- Com isso, o resultado da Raízen mostra um aumento expressivo ante o lucro de R$ 1,1 milhão registrado no mesmo período do ano anterior.
- Sem ajustes, o lucro líquido foi de R$ 28,4 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 933,5 milhões no mesmo período anterior.
- “O lucro líquido ajustado apresentou forte evolução nos trimestres comparáveis, em virtude da evolução do desempenho operacional e geração de margens, mesmo com o impacto da alta de juros no período”, disse a administração da companhia.
- O Ebitda ajustado, indicador que reflete o desempenho operacional da empresa, registrou um notável aumento de 35,2%, alcançando R$ 3,727 bilhões.
- A Raizen no 3T23 também mostrou uma receita líquida – apesar de uma ligeira redução de 7,4% – fechando em R$ 59,455 bilhões no segundo trimestre da safra 23/24.
- O lucro bruto teve um crescimento expressivo de 103,7%, atingindo a cifra de R$ 4,588 bilhões no segundo trimestre, destacando a eficiência operacional da empresa.
- No entanto, o resultado financeiro líquido apresentou uma elevação de 59%, atingindo um montante negativo de R$ 1,706 bilhão.
- Esse aumento pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo mudanças nas condições econômicas globais.
Marfrig (MRFG3) reverte lucro em prejuízo de R$ 112 milhões no 3T23
- A Marfrig (MRFG3) enfrentou um trimestre desafiador, conforme indicam seus resultados financeiros divulgados. A companhia reverteu lucro de R$ 431 milhões em igual etapa do ano anterior para um prejuízo de R$ 112 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23).
- Conforme o resultado da Marfrig, a receita líquida da empresa registrou uma queda de 2,1%, passando de R$ 36,417 bilhões para R$ 35,650 bilhões.
- Segundo a administração, essa queda é explicada pela performance da operação América do Sul, que foi negativamente impactada pelo cenário internacional de preços e pelo menor volume de vendas.
- “No 3T23, a Receita Líquida Gerencial em dólares e outras moedas representou 76% da receita total consolidada, decorrente da soma das receitas na América do Norte com as exportações da Operação da América do Sul e da consolidação do resultado da BRF”, disse a empresa em seu release de resultados.
- Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado saiu de R$ 3,7 bilhões para R$ 2,56 bilhões, representando uma queda de 32,5% na base anual
- O lucro bruto, por sua vez, sofreu uma significativa redução de 26,6%, diminuindo de R$ 5,382 bilhões para R$ 3,952 bilhões.
JBS (JBSS3): lucro tem queda de 85,7% no 3T23 e fica em R$ 572,7 milhões
- A JBS (JBSS3 obteve lucro líquido de R$ 572,7 milhões no terceiro trimestre do ano, queda de 85,7% ante o mesmo período de 2022.
- A receita líquida no terceiro trimestre de 2023 da JBS foi de R$ 91,4 bilhões, recuo de 7,6% ante o mesmo período do ano passado, quando a receita líquida alcançou R$ 98,9 bilhões.
- O Ebitda da JBS (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 5,4 bilhões, queda de 43,3% ante o terceiro trimestre de 2022, que havia sido de R$ 9,5 bilhões. A margem do Ebitda ajustada foi de 5,9%, queda de 3,7 pontos porcentuais ante o terceiro trimestre de 2022.
- O CEO global da companhia, Gilberto Tomazoni, disse que houve um ajuste na demanda global em relação ao que os mercados projetavam no terceiro trimestre de 2022.
- Segundo ele, nesta época do ano passado o mercado, principalmente nos Estados Unidos, estava bastante aquecido. “Vínhamos num momento de demanda muito forte, ainda com restrição de mão de obra para poder atendê-la e uma disponibilidade grande de animais”, disse. Isso fez com que a indústria se preparasse para atender uma demanda contínua, o que não ocorreu. A demanda na verdade não está tão forte, principalmente nas exportações; os preços estão reprimidos e o que estamos vendo é um ano de ajuste entre a oferta e a demanda”, afirmou.
Itaúsa (ITSA4): lucro é de R$ 4,578 bi no 3T23, salto de 29,3% na comparação anual
- A holding de investimentos Itaúsa (ITSA4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,578 bilhões no terceiro trimestre deste ano, número 29,3% maior que o do mesmo período de 2022. De acordo com a Itaúsa, foi o maior lucro líquido recorrente da história da companhia, graças ao desempenho operacional das investidas e à marcação a mercado positiva das ações da XP detidas pela empresa.
- O resultado recorrente das empresas investidas da Itaúsa foi de R$ 4,425 bilhões, um aumento de 23% em um ano puxado pelas participações no setor financeiro. O resultado do Itaú Unibanco (ITUB4) atribuído à empresa foi de R$ 3,588 bilhões, alta de 19% em um ano, enquanto o da XP (XPBR31) foi de R$ 922 milhões, sendo que R$ 871 milhões vieram de ajuste da participação a valor de mercado.
- Após vender boa parte da posição acionária na XP, a Itaúsa passou a mensurar sua participação na empresa pelo valor de mercado, o que ajudou no resultado positivo. De julho a setembro, a companhia vendeu 8,7 milhões de ações de classe A da XP, arrecadando R$ 1 bilhão. Com isso, passou a deter 2,7% do capital da empresa.
- Por outro lado, houve um ajuste negativo no valor justo da transportadora de gás NTS, que levou a participação a ter um resultado negativo de R$ 238 milhões no trimestre. A queda no valor reflete a deflação do IGP-M de 2023 sobre as tarifas cobradas pela companhia.
- O endividamento líquido da Itaúsa caiu 70,3% entre setembro de 2022 e o mesmo mês deste ano, para R$ 1,726 bilhão. “No 3T23 da Itaúsa deste ano, a companhia continuou executando sua estratégia de desalavancagem, considerando o cenário macro local e internacional desafiador, e destinou parte dos recursos obtidos com a alienação de ações da XP para reforço de caixa e antecipação do pagamento de dívidas contraídas para os investimentos realizados nos últimos anos”, disse o presidente da holding, Alfredo Setubal.
- O patrimônio líquido da Itaúsa encerrou o trimestre em R$ 79,738 bilhões, um crescimento de 12,6% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente ficou em 23,4%, crescimento de 2,9 pontos porcentuais no intervalo de 12 meses.
- Ao todo, a Itaúsa tinha R$ 88,685 bilhões em ativos no final de setembro. O número era 7,3% maior que o registrado no mesmo mês de 2022.
Da Itaúsa à XP, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.