Petrobras (PETR4) sobe no Ibovespa com Opep e decisão do STF; entenda
As ações da Petrobras (PETR4) subiram 2,79%, a R$ 35,69, figurando como a terceira maior alta da bolsa de valores nesta segunda (13).
É o segundo pregão em que as ações da Petrobras são negociadas com as informações sobre o 3T23 da companhia. O que afeta os números hoje são uma decisão judiciária e a alta do petróleo Brent.
O barril do Brent fechou em alta de 1,3% a US$ 82,52.
Isso ocorre porque recentemente a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) emitiu um relatório que contrariou a preocupação do mercado com a diminuição de demanda nos EUA e na China, agravada pelos movimentos do Fed.
A organização destacou que os fundamentos do mercado de petróleo ‘permanecem fortes’ e atrelou as quedas recentes da commodity aos especuladores do mercado.
No mesmo parecer, a Opep elevou ligeiramente suas expectativas para o crescimento da demanda de petróleo e manteve sua projeção para 2024 – que é considerada relativamente alta.
Recentemente a Opep elevou em 25 mil barris por dia (bpd) sua expectativa para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil em 2023, para uma média de 4,1 milhões de bpd.
O resultado representa um avanço de 400 mil bpd ante o ano anterior, e é influenciado pela produção “forte” vista em setembro.
Decisão do STF empurra Petrobras para cima
Juntamente com o parecer da Opep, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) também favoreceu a Petrobras.
A corte, em suma, reverteu a maior condenação trabalhista da história da Petrobras, imposta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em meados de 2018.
A decisão anterior havia condenado a estatal a corrigir os salários de 51 mil servidores, entre ativos e aposentados.
O impacto calculado da ação era de cerca de R$ 52 bilhões. A sentença, no entanto, foi revista na Primeira Turma do STF.
Contudo, o que está em discussão é se os adicionais legais destinados a remunerar condições especiais de trabalho – como periculosidade – entram na base de cálculo de complemento salarial ou serão pagos à parte.
A Primeira Turma do STF entendeu, por maioria, que os trabalhadores da Petrobras concordaram com essa política ao assinar um acordo coletivo no ano de 2007. Este julgamento se encerrou no dia 10 de novembro.