WeWork pede recuperação judicial e ações ‘saem’ da bolsa
A WeWork, uma startup de coworking, deu início a um processo de falência nos Estados Unidos com o pedido de Chapter 11 – semelhante a uma solicitação de recuperação judicial. A informação fora adiantada pelo The Wall Street Journal na semana anterior, ocasionando uma baixa de mais de 40% nas ações em um só pregão na Nasdaq.
Em todo esse contexto, as ações da WeWork estão fora de negociação na bolsa desde a última sexta, dia 3 de novembro.
A WeWork enfrentou dificuldades financeiras devido a altos custos de aluguel contratados antes da pandemia de Covid-19 e à baixa ocupação de seus espaços devido à popularização do trabalho híbrido.
O ex-CEO da companhia, Adam Neumann, expressou sua desilusão com a situação atual e acredita que a reestruturação ajudará a empresa a se recuperar com sucesso.
A WeWork chegou a um acordo com a maioria de seus credores para converter US$ 3 bilhões em empréstimos e títulos em participações acionárias na empresa reorganizada.
Com a recuperação judicial a empresa também busca reestruturar mais de US$ 13 bilhões em obrigações de aluguel.
WeWork beirou valuation de US$ 40 bilhões
No auge, a WeWork teve um valuation na casa dos US$ 47 bilhões, mas enfrentou dificuldades financeiras e cancelou sua oferta pública inicial de ações em 2019.
A empresa abriu capital em 2021 por meio de uma fusão com uma empresa de aquisição de propósito específico (Spac) com uma avaliação empresarial de US$ 9 bilhões. No entanto, a taxa de ocupação caiu e os resultados operacionais continuaram negativos.
A empresa espera que o processo de Chapter 11 dure menos de sete meses, seguindo as leis de falência dos EUA.
A WeWork tem espaços em todo o mundo, com mais de 700 locais e cerca de 3,7 milhões de metros quadrados disponíveis para aluguel, com metade deles nos EUA e Canadá. O atual CEO da empresa, David Tolley, espera que a reestruturação a ajude a se adaptar ao novo cenário de trabalho.