Greve dos caminhoneiros fracassa e lideranças culpam motoristas
A greve dos caminhoneiros que começaria nesta segunda-feira (16), às 6h, não ocorreu. De acordo com as lideranças da categoria, a greve não aconteceu pois os motoristas foram “omissos”.
Os representantes da categoria afirmaram que os motoristas desistiram de uma nova greve dos caminhoneiros por conta de um acordo feito com o governo. Além disso, as discordâncias políticas entre os motoristas contribuíram para que a greve não ocorresse.
“Os caminheiros foram omissos, como grande parte do povo brasileiro. Nós só queremos melhorias para a classe e para todos os brasileiros, mas a maioria [dos caminhoneiros] entendeu que não era hora e não quis aderir [à paralisação]”, afirmou o caminhoneiro Sergio Henrique Silva, que lidera a categoria na Bahia, em entrevista ao “UOL”.
A Polícia Rodoviária Federal informou que nenhuma das rodovias federais do País registrou paralisação significativa. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), responsável por liderar a paralisação em 2018, informou que não houve adesão dos caminhoneiros a uma possível greve.
Reivindicações da greve dos caminhoneiros
Os caminhoneiros estão reivindicando a redução no preço do diesel, revisão do valor mínimo da tabela de frete e fiscalização para o pagamento do frete por parte das empresas.
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De acordo com o representante dos caminhoneiros que negocia junto ao governo, Wallace Landim, a classe está sendo alvo de interesses políticos e os principais pedidos dos trabalhadores já tem data para serem atendidos.
“Temos uma pauta importante, que já está na mesa e que tem data para ser atendida. Temos de ter muita seriedade em relação ao que está sendo feito. O que estão querendo é usar o transportador como massa de manobra para um movimento político”, afirmou o representante.
Além disso, segundo Landim, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) se comprometeu em publicar o novo Código Identificador da Operação de Transportes (Ciot), medida que vai colaborar com a fiscalização e punição de empresas que tem contratado caminhoneiros com preços abaixo do mínimo estabelecido na tabela do frete. A medida atende uma das reivindicações por trás da greve dos caminhoneiros.